GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

Quiroz ou Queirós é apelido de origem toponímica. Designa um Vale e Concelho das Astúrias. Significa também “povoado” em Bretão.

A origem da família é atribuída ao filho homónimo do Imperador Bizantino Constantino V “o Cagão” (741-775). Este Príncipe, ao serviço do Papa Estêvão III (768-772), derrotou Desidério, último rei Lombardo, recebendo por mercê 40 benefícios no bispado de Oviedo (Armorial Lusitano, 1961).

Outro Constantino, descendente dos anteriores, serviu os Reis Asturianos D. Ramiro I e D. Ordonho I e casou (846) com Galinda Bernardo (filha de Bernardo del Cárpio e de Gosinda).

Seguiram-se na Casa de Quiroz - Sancho Bernardo; Ximenez Bernardo; Bernardo Ximenez; Guterre Bernardo; Gonzalo Bernardo; Gonzalo Bernardo Gonzalvez; outro Gonzalo Bernardo; Ximenez Bernardo “o Caso”; Suero Ximenez; Pedro Bernardo Ximenez, que tal como seu pai foi rico-homem de D. Afonso VII (1126-1157); Gonzalo Perez Bernardo; Bernardo Gonzalvez ”o Velho“; Francisco Bernardo…

Gonçalo Bernardo de Quiroz, filho de Francisco, foi rico-homem de D. Fernando III "o Santo" (1217-1252) que lhe atribuiu o Brasão com chaves (fig.) por receber as chaves de Oviedo. Foi o 1º do apelido por ser Governador do concelho de Quiroz.

Árias Gonzálvez Bernardo de Quiroz, 16º Sr. da Casa, filho e pai de outros Gonçalo Bernardo de Quiroz, foi embaixador de D. Henrique II ás cortes de Inglaterra (1373).

Fernando Álvares de Queirós, filho do anterior, veio para Portugal no reinado de D. Fernando, que lhe fez mercê de uns pisões e azenhas em Alcácer do Sal (1378) e a quem D. João I deu senhorios da Guarda e Valhelhas. Casou com Elvira de Castro (filha de Álvaro de Castro e de Maria Ponce de Leão).

Em Loulé, achou-se (1436) Mór Rodrigues, viúva de João de Queirós, a qual aforou bens a Mafomede Barroso, Mouro forro, sendo fiadores Abraão e Axa, sua mulher (M. F. Botão, 2009)

O fidalgo Fernando Queirós requereu (1524) à Vereação de Loulé que “Duarte Rodrigues não pague bouça por ser seu pajem, a quem serviu sempre a cavalo”...