O apelido “Valente” foi alcunha dado a Afonso Pires. Os seus ascendentes diretos Jeremias, infanção de Portucal e a esposa Eilo tiveram como filhos Roupário, Ermígio, o abade Gomes e a devota Citi (José Mattoso, 1987).
Roupário Jeremias (1032-41), proprietário em Refojos de Riba de Ave, casou com Clementina e tiveram Afonso, Gonçalo e Ordonho.
Gonçalo Roupariz (1041-81), casado com Monia Soares, foi pai de Elvira, Garcia e Unisco. Como maiorino (representante) do rei Fernando “Magno” de Leão julgou uma questão em Penafiel (1047) e outra em Guimarães (1052). Foi defensor do mosteiro de Rio Tinto e proprietário entre os rios Ave e Este.
Garcia Gonçalves (1049-91) casado com Toda Gonçalves, filha de sua irmã Elvira, foi senhor de Cete e do mosteiro de Rio Tinto. Foram pais de Gonçalo, Elvira, Châmoa, Egas e Oveco.
Oveco Garcia (1103) casou com Cete Gomes, sua familiar e tiveram Monia, Elvira e Gonçalo. Foram senhores de Bostelo, Cete e Febos.
Gonçalo Oveques, o reedificador do mosteiro de Cete (1074-1113), foi pai de Mendo, Soeiro, Martinho e Diogo.
Diogo Gonçalves de Urrô casou com Urraca Mendes, filha de Fernão Mendes de Bragança e de Sancha Viegas do Baião e foram pais de Soeiro, João e Rui (D. Pedro, 1344). Patrono do mosteiro de Cete foi-lhe coutada a ermida de S. Miguel de Urrô por D. Afonso Henriques. Morreu na batalha de Ourique (1139).
Soeiro Dias Ouveques (1166-79) casado com Sancha Peres de Belmir teve 3 filhos. De outra mulher nasceu Pedro.
Pedro Soares casou na Extremadura e teve um filho chamado Abril.
Abril Pires de Lumiares (1248-85), grande chefe militar de D. Sancho I, foi pai de Afonso.
Afonso Pires Valente, o 1º do apelido, foi pai do cónego Vicente da Sé de Lisboa e de Lourenço Afonso Valente que continuou a linhagem (Felgueiras Gaio, 1678).
João Valente, filho de Estêvão Valente e Teresa Lourenço, de Loulé (1348) foi devedor de 9 libras de imposto de sisa (M.F.Botão, 2009). João Valente (1385) foi Almotacé em Loulé (Actas de Vereação de Loulé, 1999).