Até ao próximo dia 6 de maio, o Arquivo Municipal de Lagoa apresenta uma exposição intitulada «Indo nos Tempos / Throughout Time», de Ron B. Thomson, com calendários de todos os tempos e todo o mundo, que nos revela a importância da cronometragem do tempo no nosso dia-a-dia e possibilita identificar qualquer dia da semana em qualquer ano ou mês, através de calendários com ciclos diferenciados, provenientes de outras regiões e culturas.

Nesta exposição, para além da ciência da elaboração do nosso calendário, está patente a história que o antecedeu bem como exemplares de distintos calendários que existiram ou coexistem com o mais generalizado, o gregoriano.

Como diz Ron B. Thomson, “Sempre se reconheceu o ciclo da natureza – plantação, crescimento, colheita, descanso – e sempre se compreendeu que esse ciclo estaria a ser controlado pelo sol. Quando um ciclo se completa, automaticamente passamos para o próximo, reconhecendo-o como sendo igual, ainda que diferente do anterior. E assim, este conceito de anos, constituído por dias, vem a ser gravado num padrão repetitivo a que nós chamamos de calendário. A importância de nos mantermos a par das mudanças ao longo do ano foi, como exposto, associado ao ciclo agrícola, e, rapidamente, ao nosso sistema religioso. Ao nos organizarmos em comunidades, foi facilmente vincado à nossa vida civil, permitindo-nos funcionar, tanto em grupo, como individualmente, com coesão e regularidade.

A mostra de calendários nesta exposição relembra-nos o sucesso que tivemos ao desvendarmos este ciclo complexo. Este sucesso foi repetido de muitas formas, em diferentes comunidades, à volta do mundo, usando diferentes padrões nas nossas vidas. No fim, o calendário ocidental tornou-se no calendário mundial, adotado por cada nação para organizar, não só as suas relações internacionais mas também os seus assuntos internos. A precisão deste calendário dependeu dos astrónomos que conseguiram descrever cada vez com mais precisão o movimento presente no céu, particularmente do sol, que é o ciclo principal da nossa existência, aqui, na terra.”

 

Por: CM Lagoa