Valor das rendas subiu em quase todo o país. E a mediana nacional situou-se nos 6,25 euros/m2 no final de 2021, mostra o INE.

Em Portugal, as temperaturas tendem a descer na reta final do ano, entre o outono e o inverno. Mas no caso do mercado de arrendamento o ambiente aqueceu no fim de 2021, observando-se um aumento do valor das rendas das casas e de novos contratos de arrendamento. Nos últimos três meses do ano passado, a renda mediana atingiu os 6,25 euros por metro quadrado (euros/m2), o que representa uma subida homóloga de 8,3% e um crescimento de 7,6% face ao trimestre anterior. Este valor foi calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) tendo em conta os 23.394novos contratos de arrendamento registados nesse período, um número que é 6,2% superior face ao verificado na reta final de 2020.

Esta foi uma realidade registada em quase todo o território nacional. Foi apontado um aumento da atividade de arrendamento face ao período homólogo em 18 das 25 sub-regiões do país registaram. E a renda mediana subiu em 21 das 25 sub-regiões face ao quarto trimestre de 2020, tal como mostra o INE na nota publicada esta terça-feira, dia 29 de março de 2022.

 

As maiores subidas das rendas foram registadas na:

- Região Autónoma dos Açores (+12,6%),

- Beira Baixa (+12,5%),

- Alentejo Litoral (+10,1%).

 

E as únicas descidas homólogas nas rendas foram verificadas nas sub-regiões do:

- Baixo Alentejo (-5,7%),

- Alto Alentejo (-3,2%),

- Alto Tâmega (-3,0%).

- O Douro apresentou uma taxa homóloga nula, revelam ainda.

“As rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (9,20 euros/m2), Algarve (7,07 euros/m2), Área Metropolitana do Porto (6,84 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (6,70 euros/m2)”, destacam desde o gabinete de estatística. E, por outro lado, as rendas mais baixas são observadas em Trás-os-Montes (2,12 euros/m2), Douro (3,00 euros/m2) e na sub-região das Beiras e Serra da Estrela (3,09 euros/m2), mostram os dados.

 

Quais os municípios com rendas mais altas? E quais os concelhos com as rendas mais baixas?

Nos últimos mês meses do ano passado, “verificou-se um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (22 municípios no trimestre anterior)”, revelam desde o INE.

Olhando para os municípios que registaram maiores subidas nas rendas neste período, destacam-se:

- Funchal (+16,1%),

- Vila Nova de Famalicão (+13,5%),

- Coimbra (+12,7%),

- Santa Maria da Feira (+12,3%).

Os aumentos menos acentuados foram observados na Amadora (+3,9%), Lisboa (+3,9%) e Guimarães (+4,0%).

Sem surpresa, os municípios com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados são:

Lisboa (11,54 euros/m2),

Cascais (11,29 euros/m2),

Oeiras (10,21 euros/m2),

Porto (9,15 euros/m2 ).

Mas, note-se, que todos estes municípios registaram um crescimento homólogo do valor das rendas inferior ao do país (+3,9%, +7,8%, +5,5% e +7,5%, respetivamente).

 

No fundo da tabela estão:

- Guimarães (4,17 euros/m2),

- Barcelos (4,25 euros/m2),

- Santa Maria da Feira (4,38 euros/m2),

- Vila Noca de Famalicão (4,80 euros/m2).

Estes são, portanto, os concelhos que têm rendas mais baixas entre os 24 municípios portugueses com mais de 100 mil habitantes.

No que diz respeito aos novos contratos de arrendamento, registou-se um aumento de atividade em quase todos os municípios (22 em 24), com destaque para:

- Santa Maria da Feira (25,3%),

- Braga (24,4%),

- Loures (21,2%).

Só no Funchal (-26,4%) e em Gondomar (-2,4%) foram registadas quedas.

 

Por: Idealista