A concessão à empresa Verbos do Cais, S.A. estender-se-á pelo período de 35 anos, e prevê um investimento de 3,35 milhões de euros.
A atual capacidade do porto, de 299 lugares, será inicialmente ampliada para 340 lugares, com a instalação de novos postos de amarração para embarcações, ou reconfiguração da tipologia hoje existente.
Posteriormente, serão atingidos os 500 postos de amarração, com a instalação de mais três a cinco passadiços na zona Nascente, junto ao atual setor da pesca artesanal, e a dragagem de fundos em toda a área de concessão.
A área adjacente à doca, para Poente, será afeta à construção de edifícios para serviços de apoio: serviços administrativos e de apoio náutico, oficinas, restauração e comércio.
Uma vez concluído, o porto de recreio de Olhão contemplará uma área seca de 25.474 m2 e uma área molhada de 50.800 m2.
Depois de realçar o empenho de todos os agentes envolvidos, António Miguel Pina sublinhou o papel da Ministra do Mar “enquanto parceira que acompanha este processo desde o tempo em que era Secretária de Estado dos Transportes, há quase 10 anos”. Em relação à ampliação da estrutura de recreio náutico, o autarca prevê que a marina vá ter “o impacto semelhante a um hotel de 4 estrelas, no que diz respeito ao efeito multiplicador na economia local”.
Quanto a Ana Paula Vitorino, caracterizou a ampliação do porto de recreio como “um encontro feliz entre a perspetiva estratégica do município na área do mar e a competência de quem soube concretizar”, acrescentando que “a náutica de recreio é das atividades económicas mais expressivas em termos de economia regional”.
Referindo-se à demora na concretização do projeto, a governante declarou que “este era daqueles casos em que efetivamente não se percebe como é que algo que está planeado e que está lançado desde 2009, em 2017 não esteja ainda concluído”.
Respondendo de forma categórica e definitiva àqueles que têm anunciado que a ampliação de porto de recreio iria “expulsar” as embarcações de pesca tradicional, Ana Paula Vitorino esclareceu: “O crescimento da marina será para Poente e não vai interferir com o porto de pesca artesanal”. A ministra acrescentou que “não há atividades mais nobres que outras e a política do Ministério e da Autarquia é a preservação das atividades tradicionais e, nesse aspeto, sempre fui acompanhada pelo Sr. Presidente da Câmara”.
Por: CM Olhão