Quero dormir quase não consigo
Porque as dores lutam comigo
Não me deixam descansar,
E a minha cabeça quer e pensa
Que a noite passe depressa
Para me por a trabalhar.
São defeitos de fabrico
Mas insatisfeita não fico
E não tento corrigir,
Mas, está certa a ocasião
Das resistências dizerem não
E eu terei que o consentir.
Os anos vão passando
Seus rastos vão deixando
Que remédio tenho eu,
E ainda mesmo assim
Consigo gostar de mim
Do feitio que Deus me deu.
Feitio que sempre tenho tido
Porque de facto nasceu comigo
E nunca se alterou,
Na vida tudo o que fiz
Foi trabalhar o que me faz feliz
E mudar acho que não vou.
Mas, há uma forma maior
Ao que se chama de pior
E a isso estou condenada,
Pela força da natureza
Se apaga toda a fineza
E tudo termina
Em nada