Na atualidade o Centro depara-se com a escassez de profissionais e de meios, funcionando o internamento apenas a 50% da sua capacidade e o ambulatório a 30%, entre muitos outros constrangimentos.
Perante esta situação e após uma nova solicitação de reunião com o Sr. Ministro da Saúde, a 12 de maio do presente ano sem qualquer resposta, apenas o encaminhamento da mesma para o Secretário de Estado da Saúde, o Presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel solicitou uma reunião à entidade gestora do espaço, ARS, a fim de avaliar o ponto de situação do funcionamento desta unidade de saúde.
A reunião decorreu ontem, dia 10 de agosto, no referido Centro e contou com a participação do Presidente da Câmara Municipal, Vitor Guerreiro, o Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve- AMAL, Jorge Botelho, o Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vitor Aleixo, entre outros autarcas locais e o representante da Administração Regional de Saúde, Nuno Ramos.
O edil são-brasense Vitor Guerreiro foi o primeiro a intervir, manifestando a sua profunda preocupação sobre o funcionamento deficitário que o Centro apresenta. Constituindo-se como uma unidade hospitalar de reconhecimento internacional pela qualidade dos serviços prestados e importante entidade empregadora no município, Vitor Guerreiro questionou a demora na resolução de um problema que se arrasta há 2 anos. “As respostas e garantias que nos foram dadas há 2 anos infelizmente ainda não se concretizaram, esta demora numa resposta célere está a degradar as condições de funcionamento do Centro. É impreterível resolver esta situação o quanto antes… é a saúde dos cidadãos que está em causa!”
Jorge Botelho, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, sublinhou ainda que “O Centro está a morrer aos poucos… há mais de um ano que se fala na abertura do concurso para a adoção de um novo modelo de gestão, mas até à data ainda não aconteceu nada… uma demora excessivamente longa quando se fala num bem essencial e de direito que é a saúde.”
Nuno Ramos, vogal da ARS e responsável pelo Centro justificou a situação por questões burocráticas associadas à contratação de pessoal, sublinhando que foi pedida uma autorização excecional para contratação e que esta foi aceite para a necessidade de 32 profissionais de saúde, contudo atualmente já saíram mais 12 profissionais, cuja reposição não foi contemplada nessa autorização.
Face às questões relacionadas com o modelo de gestão, adiantou que até ao final do mês de agosto será aprovado em Conselho de Ministros a concessão desta unidade hospitalar num Concurso Público Internacional, para que possa vir a ter uma gestão privada.
Vitor Guerreiro reiterou a urgência de revitalização do Centro e deixou uma mensagem de esperança “espero sinceramente que a garantia que agora nos chega se concretize. Já a recebemos anteriormente. O que nos preocupa e motiva é o funcionamento pleno do Centro de Medicina e de Reabilitação do Sul que é de extrema importância para o concelho, sua economia local, e para toda a região. Mas mais importante de tudo, o fundamental é assegurar a prestação destes cuidados de saúde diferenciados a quem deles precisa, uma vez que semanas de espera podem ser determinantes na evolução da sua recuperação, por isso entendemos que este Centro deve ser encarado como uma prioridade na área da saúde.”
Por CM São Brás de Alportel