"Faro merece ser capital da cultura e tem estruturas que lhe dão esse valor, mas é preciso envolver as comunidades", considerou a candidata independente, acrescentando que ainda há pouco trabalho feito pela atual autarquia, liderada pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM, para avançar com a candidatura.
De acordo com a candidata, que falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Teatro Lethes, o atual presidente da Câmara e candidato pela mesma coligação "ainda está a pensar e a preparar os dossiês para depois se poder apresentar a candidatura, que será efetivada em 2020 ou 2021".
Apesar de considerar que Faro tem estruturas para poder acolher a Capital Europeia da Cultura, Eugénia Taveira deu o exemplo daquele teatro, inaugurado em abril de 1845, no qual colabora como voluntária, cuja frontaria, por exemplo, "necessita urgentemente" de ser recuperada.
"O grande problema é que o edifício é da Cruz Vermelha e a convivência nem sempre é muito pacífica, o que urge também resolver", observou a candidata, que foi acompanhada durante esta visita ao Teatro Lethes pela porta-voz do partido, Catarina Martins.
Segundo Eugénia Taveira, a Cruz Vermelha quer vender o edifício por um "valor proibitivo" e que "não é justo", por isso, o ideal seria que o teatro fosse "património, para poder até ser tratado de outra maneira", rematou.
"A cultura não pode estar submetida nem subjugada aos interesses dos mercados e à especulação imobiliária", frisou a professora aposentada do ensino secundário.
Maria Eugénia Taveira defende um maior investimento na cultura e ainda uma ligação mais estreita entre educação e cultura, "primeiro através dos mais jovens, que atrás de si trazem também os menos jovens".
Os candidatos à Câmara de Faro são Maria Eugénia Taveira (BE), Rogério Bacalhau, atual presidente e que se recandidata pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM, António Eusébio (PS), Paulo Baptista (PAN), António Mendonça (CDU) e Humberto Correia (Campanha do Amor).
As eleições autárquicas realizam-se a 01 de outubro.
Por: Lusa
