A sessão, pública e de iniciativa do núcleo de Faro do Bloco de Esquerda, terá lugar no Club Farense, pelas 21:30 horas.
“(...) a consciência feminista vai crescendo entre as jovens (...) Elas julgam que não é feminismo, mas é. É a consciência dos seus direitos e das discriminações. Para que a não-discriminação ganhe força na sociedade portuguesa, é preciso uma maior visibilidade dos feminismos. E temos noção de que isso está a alargar-se”.
Manuela Tavares
Só com o 25 de Abril a mulher portuguesa viu ser constitucionalmente reconhecida a igualdade entre homens e mulheres em todas as áreas, tendo desaparecido, no novo Código Civil, a figura do “chefe de família”. Com o 25 de Abril a mulher passou a ter acesso a qualquer carreira profissional e a ser-lhe permitido o voto. Com o 25 de Abril, foi aos maridos retirado o direito de violar a correspondência das mulheres, de impedir-lhes a saída do país e de anular contrato de trabalho por elas celebrado. Com o 25 de Abril foi alargada para 90 dias a licença de maternidade.
Mas isso é o que está na lei, muito caminho há a percorrer: segundo dados do Eurostat divulgados em 2015, excluindo a Grécia por falta de elementos, com a recente crise do sistema financeiro capitalista, Portugal foi o país de toda a União Europeia em que a diferença salarial entre homens e mulheres mais se acentuou...
Por: BE Algarve