O Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Saúde acerca da morte do recém-nascido no Hospital Fernando da Fonseca após a transferência da mãe do Hospital de Faro.

Os deputados do Bloco João Vasconcelos e Moisés Ferreira querem saber se o Ministério tutelado por Marta Temido irá acionar as entidades inspetivas competentes para que se abra um inquérito ao caso, porque razão não o fez já, e quando terá as conclusões do inquérito, designadamente o que vier a ser aberto pelo IGAS - Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.

Uma grávida com 32 semanas de gestação e com quadro de pré-eclâmpsia e de descolamento da placenta foi transferida do hospital de Faro para o hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) onde o recém-nascido viria a falecer depois de uma cesariana.

Os parlamentares do Bloco de Esquerda enviaram ainda um requerimento no mesmo sentido ao Ministério da Saúde. O texto refere que «há que acionar os mecanismos inspetivos, nomeadamente a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, para que se audite e investigue a correção ou não das decisões e procedimentos tomados», pois «pelo que se sabe, a grávida em questão não foi imediatamente intervencionada no hospital de Faro por falta de incubadoras».

Relembrando que «Portugal é um dos países do mundo com melhores indicadores de saúde materno-infantil e é assim que queremos que continue», o requerimento exige resposta a diversas questões suscitadas pelo caso: por que não houve intervenção em Faro, se a falta meios ou de profissionais foi razão para transferir a paciente 300 quilómetros para norte, e se a transferência teve impacto no desfecho do caso.

 

Por: Bloco Esquerda Algarve