Ricardo Santos, Ricardo Melo Gouveia e Tiago Cruz lideram o Campeonato Nacional PGA de Portugal que se iniciou ontem no Onyria Palmares Beach & Golf Resort.

O Campeonato Nacional é um torneio da Federação Portuguesa de Golfe, com organização da PGA de Portugal, distribuindo 12 mil euros em prémios monetários.

Foi disputada ontem a primeira volta do torneio principal e hoje tem inicio as competições feminina e de veteranos.

Os novos campeões nacionais serão conhecidos amanhã, mas no sábado realizar-se-á o Pro-Am com algumas figuras públicas, entre as quais os futebolistas Luís Figo e Ricardo Pereira. 

Ontem, Tiago Cruz e os dois “Ricardos”, Santos e Melo Gouveia, todos profissionais, terminaram a primeira volta com 68 pancadas, 4 abaixo do Par, com 1 de vantagem sobre o amador Vítor Londot Lopes, num dia ventoso em que 10 jogadores bateram o Par-72 do campo.

Com efeito, o 5º posto é partilhado por Gonçalo Pinto (vencedor em 2012), António Sobrinho (11 vezes campeão nacional) e João Ramos (amador), com 70 (-2), enquanto o 8º lugar é compartilhado por Hugo Santos (campeão em 2012), Almerindo Sequeira e o espanhol Juan Martín, com 71 (-1).

A segunda volta encontra-se a decorrer desde as 8h49, com o último grupo, dos três líderes, a sair do buraco 1 às 10h19.

 

 

Declarações dos jogadores

 

Ricardo Santos

Correu bem, mas não comecei da melhor forma pois no buraco 1 fiz logo 1 bogey. Depois recuperei, cheguei a estar 5 abaixo do Par, depois houve ali uma fase em que tive uma quebra de concentração e fiz 3 bogeys, todos em Par-3, mas depois recuperei 1 pancada no 17, fiz Par no 18 e acaba por ser um bom resultado que deixa tudo em aberto para os próximos dois dias.

Espero manter este nível ou melhor se possível. Espero conseguir jogar mais sólido e não cometer erros.

O campo está espetacular, os greens estão com uma velocidade bastante boa, o vento dificulta bastante em Palmares, é um dos nossos adversários, mas tanto os fairways, como os tees e os greens têm tudo para se poder fazer um bom resultado.

A época (no Euripean Tour) tem corrido bastante regular, não tenho feito as classificações que desejava, porque estou a fazer alguns erros em certos buracos que tenho de tentar evitá-los, para ter melhores classificações e garantir o cartão para o próximo ano, que, de momento, ainda não está garantido, embora espere consegui-lo nos próximos torneios.

Não é que esteja a jogar pior do que na época passada, pelo contrário, estou a jogar bem mais sólido e regular, mas os resultados não têm aparecido, mas a época ainda não acabou e tudo pode acontecer.

Regressar a Portugal é sempre bom para ver familiares e amigos, comer bem, ter bom tempo, descansar um pouco porque isso também faz parte do trabalho.

A pressão existe sempre e faz parte deste jogo. Venho aqui para desfrutar ao máximo com os meus colegas, é um torneio que serve de bom treino, porque o campo é bastante competitivo, e este ano há um bom field neste Campeonato Nacional, com novos jovens portugueses que se tornaram profissionais há pouco tempo. Penso que para mim e para eles é ótimo podermos competir juntos num Campeonato Nacional.

É sempre interessante ganhar e venho aqui para tentar ganhar o meu segundo (título). Claro que sei que tenho de jogar bem para ter essa hipótese. Se conseguir tê-la, irei agarrá-la com unhas e dentes.

 

Tiago Cruz

Hoje foi um dia regular, começámos sem vento e terminei os primeiros 9 buracos em -2. Os segundos 9 foram praticamente iguais aos primeiros só que a grande dificuldade era o vento que foi mais forte, mas também consegui fazer 2 abaixo.

Foi um dia em que falhei só 1 green, foi o único bogey que fiz, foi no buraco 2.

Tenho estado a jogar bem, estou contente pelo último torneio, estão cá todos os bons jogadores de Portugal menos o Pedro Figueiredo e o Filipe Lima, e isso motiva-nos por estarmos entre os melhores. Estou a jogar bem, confiante e espero fazer uma boa prova.

Lutar pelo primeiro lugar, é esse o meu objetivo, vou dar o meu melhor para que isso aconteça.

É a segunda vez que jogo aqui (Onyria Palmares), a primeira foi no Open Optilink. Estou aqui desde domingo, estive três dias a treinar, estou bem preparado para fazer um bom torneio. É um campo excelente, tem belas vistas, greens em ótimas condições.

Comecei a ter mais dias para treinar, a bater mais bolas, o Open da Terceira deu-me mais ritmo competitivo, ganhei o torneio e também mais moral e confiança, agora estou à espera que esse trabalho dê frutos na Escola de Qualificação.

 

Ricardo Melo Gouveia

Foi um dia bom. Comecei menos bem, com um bogey logo no início, foi um dia de bogeys, birdies e eagles, mas sinto que o jogo está a melhorar de dia para dia.

Ainda não tinha competido neste campo desde que tem os 9 buracos novos, só joguei há muito tempo noutro Campeonato Nacional aqui, o campo está em excelentes condições, tem alguns buracos muito giros naquela parte mesmo ao pé da praia e se o vento se mantiver assim será um campo à altura.

Espero continuar a jogar bem e sair com o principal objetivo que é a vitória.

A transição (de amador para profissional) correu bem, eu estava a jogar com o meu pai como caddie e estava a dizer-lhe que sentia como se estivesse a jogar um torneio amador mas com alta qualidade. Estou a sentir-me confortável, acho que o meu jogo está ainda um bocadinho irregular, joguei mal o primeiro (torneio), bem no segundo e mal no último, mas estou na direção certa e vou conseguir os meus objetivos.

Vou dar o meu melhor para passar a primeira fase da Escola de Qualificação e depois e passo a passo.

É um bocadinho diferente (jogar o Nacional de profissionais depois de ter sido campeão nacional amador em 2009). Acho que apesar de não haver tantos jogadores, o nível aqui é melhor, temos o Ricardo Santos que está no European Tour, o Tiago Cruz que tem capacidades de lá estar, o António Sobrinho que já ganhou tantos torneios, o Gonçalo Pinto, o Pedro Figueiredo que deveria estar aqui mas não está… este, se ganhar, vai saber bem melhor do que o Nacional de Amadores.

 

Nuno Henriques

Optei por parar durante pouco mais de um mês pelo facto de não estar satisfeito com o meu jogo. Achei que precisava de uns tempos sem golfe. Voltei a treinar há poucos dias e não estava em condições para ir jogar o Nacional. Volto à competição na Finlândia na próxima semana, no Challenge Tour.

 

Pedro Figueiredo

Em relação a minha opção de decidir não defender o título de campeão nacional, foi uma decisão muito difícil como se deve calcular. Mas a minha prioridade neste momento é o Challenge Tour e, como tal, penso que a opção mais sensata é jogar o torneio na Noruega. Sobretudo porque tenho oportunidades limitadas e tenho de aproveitá-las ao máximo. Nunca pensei entrar no Challenge da Noruega através do meu ranking, sempre pensei que fosse jogar o Campeonato Nacional. Talvez se os últimos torneios me tivessem corrido melhor, tivesse mais folga para não ir à Noruega.

 

 

Sobre o Campeonato Nacional da PGA de Portugal

O Campeonato Nacional da PGA de Portugal, que Ricardo Santos venceu em 2011, apresenta uma das melhores listas de inscritos de sempre:

 - Seis vencedores da prova: António Sobrinho, Ricardo Santos, Hugo Santos, Gonçalo Pinto, Henrique Paulino e Brian Evans;

- Seis do top-10 do Ranking da PGA de Portugal: Ricardo Santos 1º, Tiago Cruz 3º, Hugo Santos 5º, Gonçalo Pinto 6º, Ricardo Melo Gouveia 8º e Juan Martin 10º;

- Os vencedores dos quatro torneios do PGA Portugal Tour de 2014: Sean Hawker (Optilink Open), Ricardo Melo Gouveia (Liberty Seguros Open), Hugo Santos (Estoril Open) e Tiago Cruz (Open da Ilha Terceira).

Para além da elite profissional, vieram também alguns dos melhores amadores como Vítor Lopes, João Ramos e José Maria Joia, que regressou à competição após uma longa ausência devido a uma lesão nas costas.

 

Por PGA Portugal