
Casa de Retiros da Diocese do Algarve acolherá encontro «com sabor a Taizé»

Entre 30 de maio e 01 de junho deste ano, a Casa de Retiros de São Lourenço do Palmeiral abrirá as portas para um encontro «com sabor a Taizé».
A iniciativa, anunciada em setembro do ano passado na programação da casa de retiros da Diocese do Algarve, procurará replicar a experiência que se vive naquela comunidade monástica e ecuménica do sul da França. “Os mesmos horários, a mesma maneira de rezar, o mesmo estilo de vida em comunidade onde todos participam”, adianta a organização, acrescentado que “tal como em Taizé, o programa inclui propostas para famílias com crianças, para adolescentes, jovens e adultos”.
Para além das três orações que marcam o ritmo de cada dia, o programa inclui ainda os encontros de reflexão seguidos de grupos de partilha e trabalho, workshops e a Missa de encerramento e até o espaço de confraternização – ‘Oyak’ – será recriado.
O encontro, limitado a um máximo de 500 participantes, destina-se então a pessoas de todo o país a partir dos 14 anos de idade. As crianças mais novas só poderão participar se vierem acompanhadas pelas suas famílias. Tal como na Comunidade de Taizé, haverá diferentes programas consoante os grupos etários: adolescentes dos 14 aos 17 anos, jovens dos 18 aos 29 anos, adultos com idade superior a 30 anos e famílias com crianças até aos 13 anos de idade.
A possibilidade de participação apenas de um ou dois dias também está prevista.
A atividade incluirá também a possibilidade de três modalidades de alojamento: acampamento em tendas preparadas pela organização, acantonamento em salas preparadas pela organização ou em quartos da casa de retiros, com valor de inscrição acrescido.
No recinto serão instalados balneários e as refeições serão fornecidas pela organização, mantendo o espírito de simplicidade da Comunidade de Taizé. Haverá também uma zona para estacionamento de viaturas.
As inscrições poderão ser feitas e mais informações serão disponibilizadas através do sítio www.taizenoalgarve.pt.
A ligação do Algarve à Comunidade de Taizé, fundada em 1940 pelo irmão falecido irmão Roger Schutz, pastor protestante suíço, remota à realização do Concílio de Jovens que ali teve lugar em 1974, e manteve-se desde então. As peregrinações de algarvios mantiveram-se durante toda a década de 1980 e ganharam na de 1990 a regularidade que se mantém até hoje.
Na altura ainda era quase desconhecida em Portugal a comunidade monástica fundada em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, pelo falecido irmão Roger Schutz com o propósito de “reunir homens que sentissem a necessidade de juntos fazerem comunhão e viverem em paz uma vida simples, partilhando o trabalho e as reflexões das Sagradas Escrituras, caminhando em comunidade à descoberta de Deus revelado aos homens por Jesus Cristo”.
A Comunidade de Taizé, a cerca de 360 quilómetros de Paris, congrega uma centena de monges, de várias Igrejas cristãs e de mais de 30 países – incluindo Portugal, o irmão David – unidos como “sinal de reconciliação entre os cristãos e os povos separados”, tendo começado por acolher perseguidos políticos, judeus e mais tarde prisioneiros alemães.
Folha do Domingo
