Cenas na Rua dá mote ao «Verão em Tavira» 2025

O XIX Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua de Tavira – Cenas na Rua realiza-se, entre 05 e 12 de julho, marcando, uma vez mais, o pontapé de saída do programa cultural «Verão em Tavira».
Durante este período, Tavira transforma-se num vibrante palco a céu aberto, afirmando-se como uma referência no panorama nacional e internacional das artes na rua.
A programação deste ano destaca companhias de referência oriundas de França, Espanha, Itália e Portugal, com um total de mais de 10 apresentações em vários locais do centro histórico da cidade.
No dia 05, pelas 22h00, com início no Jardim da Alagoa até à Praça da República, o Lampadophores da Cia Picto Facto (FR), um espetáculo de luzes itinerante de grande formato com música ao vivo, assinala o começo deste Festival. Lampadóforos vem do nome daqueles que carregavam as luzes durante as cerimónias na Grécia antiga e, por extensão, na estatuária ocidental, qualquer representação de um personagem carregando uma luz.
Marionetas gigantes/ Música | Todos os públicos | Duração: 60’
Do programa constam, igualmente, os seguintes espetáculos:
06 de julho – 22h00 | Praça da República
Libertenano- Enano (PT)
Todos desejamos a nossa liberdade individual para fazer aquilo que nos apetece, em qualquer momento da vida, mas nem sempre é possível, perante as obrigações quotidianas do dia a dia, onde parece que nunca temos tempo para parar e simplesmente observar, sentir, respirar.
Enano com este show procura relembrar a nossa liberdade individual, sem preconceitos, nem julgamentos, abordando assuntos tão essenciais como amizade, morte, luta, introspeção e a milagrosa ressurreição, com uma linguagem simples de entender.
Espetáculo cheio de pureza, magia cómica, poesia e humor, onde ninguém vai ficar indiferente ao cão Boby, passando por um combate de boxe hilariante e com o inacreditável momento em que Enano se enfia dentro de um Balão Gigante com um final espetacular!
Clown | Todos os públicos | Duração: 50’
07 de julho – 22h00 | Largo Abu-Otmane
Concorda – Catarina Gameiro e Mariana Frazão (PT)
Numa performance multidisciplinar que cruza dança, teatro físico e manipulação de objetos revela-se um jogo de pesos e contrapesos, corda em tensão e distensão, corda que amarra e desamarra, corda que envolve, solta ou agarra. No equilíbrio por um fio, os performers alternam entre o suspenso e a quase queda, alimentando um jogo que sustém a respiração de quem observa e aguarda.
PRÉMIO MAIS IMAGINARIUS 2024
PRÉMIO TEATRO - MOSTRA NACIONAL DE JOVENS CRIADORES
Dança/ teatro físico/ manipulação de objetos | Todos os públicos | Duração: 40’
08 de julho – 22h00 | Praça da República
Fly me to the moon - Leandre (ES)
Bicicleta tandem: um passeio para dois
Viagem: tudo o que acontece entre o aqui e o ali
Lua: destino de todos nós que gostamos de sonhar acordados
Par de palhaços: equilibristas na corda bamba do desastre e da poesia.
Uma bicicleta voadora, madeira, ferro, pó, sapatos grandes e chapéus enterrados até às sobrancelhas.
A lua espera por nós.
Fly me to the moon é a possível viagem de dois palhaços até à lua.
É a façanha do sonhador. A façanha de duas almas inocentes.
Circo Contemporâneo/ clown | M/ 4 anos | Duração: 45´
09 de julho – 22h00 | Praça da República
Carena – Cia La Corcoles (FR)
La Corcoles é o universo criativo de Mariona Moya, onde o circo, a dança e o teatro de rua se encontram, explorando uma forma única e pessoal de expressão sobre o cabo.
Espetáculo, na disciplina de funambulismo, a 5 metros de altura que proporciona ao público uma experiência íntima, fresca e emotiva. Conectando-se com todas as idades e navegando pelos infinitos territórios, entre a força e a mais absoluta vulnerabilidade, a performance cativa pela incessante busca pelo equilíbrio.
Uma proposta elegante e delicada que oferece uma visão renovada do funambulismo, com uma perspetiva próxima e feminina.
Circo contemporâneo | Todos os públicos | Duração: 40’
10 de julho – 22h00 | Praça da República
Doppio Zero – Circo Carpa Diem (IT)
Ele é ingénuo, distraído e sonhador. Ela é pura energia, velocidade e movimento. Juntos são como a água e a farinha, juntos preparam pão num dia que parece simples e normal, como o pão de cada dia. Mas, na verdade, é mágico e surpreendente, tal como eles os dois.
Tuli lê de cabeça para baixo, suspenso num mastro; Vroni anda de bicicleta, pedalando com as mãos e guiando com os pés. São divertidos, ternurentos e surreais, amassam a quatro mãos e, enquanto esperam que o pão levede e coza, oferecem uma viagem no tempo e nos sentimentos.
Acompanhados por canções dos anos 50, notícias de rádio e a vontade de viver que se respirava nos anos da reconstrução em Itália, Doppio Zero toma o espetador pela mão e convida-o a entregar-se ao olhar da infância que encontra as suas palavras silenciosas no circo contemporâneo.
Circo contemporâneo | Todos os públicos | Duração: 60’
11 de julho – 22h00 | Alto de São Brás
Sorriso – Teatro Só (PT)
Como se escreverá uma história de amor que perdura no tempo, preenche uma vida até ao seu crepúsculo e que nunca acabará para aquele que ainda guarda o passado?
Esta história de amor não se inspira a partir da morte heroica de Romeu e Julieta, mas sim na vida comum de um velho casal para quem o amor se consumou numa vida de sorrisos.
A morte de um assombra de solidão a vida do outro. Uma solidão cuja força das lembranças dá vida a fantasmas que não desistem de amar os que ficam, zelosos anjos de guarda, invisíveis amantes cujos beijos são feitos de vento. Aquele que partiu é, agora, invisível, porém a sua alma abençoa e habita o ar de quem o amou, aguarda o reencontro sabendo que a vida continua para quem fica.
A solidão e o envelhecimento são temas recorrentes nas peças do “teatro só”, contudo as personagens não são tocadas pelo desespero, mas pela reflexão dos gestos e pela gratidão da memória. Não há melhor palavra para definir este trabalho do que a palavra “recordação”, cuja origem francesa “re- cour” significa simplesmente re-cordação, ou seja, fazer passar pelo coração uma vez mais.
Teatro de objetos | M/6 anos | Duração: 40’
12 de julho – 22h00 | Jardim de São Francisco
Vozes Perdidas – Armação do Artista (PT)
Vozes Perdidas é uma performance poética de cariz intimista, criada em residência artística, com uma multidisciplinaridade entre a voz e a música. Uma coletânea de poetas locais e de relevo internacional que tem como propósito dar protagonismo à poesia distante da ribalta, apresentada num ambiente naturalmente mágico - o Jardim de São Francisco.
Direção Artística/Interpretação: Vítor Correia
Direção Musical/Trombone e outras sonoridades: André Conde
Músico convidado/Guitarra Portuguesa de Coimbra: Orlando Almeida
Poesia / Música | todos os públicos | Duração: 55’
O Cenas na Rua, com quase 20 anos de existência, tem como finalidade assegurar a fruição cultural, divulgar diferentes disciplinas e géneros artísticos, música, dança, teatro, manipulação de objetos, circo contemporâneo e poesia, assim como dar a conhecer e permitir uma nova leitura sobre a cidade de Tavira. É um convite ao encontro e à descoberta, onde a arte irrompe na paisagem urbana e transforma-se numa experiência coletiva e democrática a ter lugar em diversos locais da cidade. Uma oportunidade única para partilhar a surpresa, a beleza e a emoção num espaço comum, de forma gratuita e acessível a todos.
O Município reafirma, com esta iniciativa, o seu compromisso com uma programação cultural de excelência que aproxima criadores e público e que posiciona Tavira como uma cidade onde a cultura é celebrada de forma viva, plural e inclusiva.
Por: CM Tavira