Hoje em dia, os portugueses recorrem à internet para adquirir todo o tipo de produtos e serviços — desde peças de roupa, ações, bens alimentares, fármacos, formações/cursos, créditos, viagens ou até mesmo seguros —, sem saírem da comodidade do seu lar e à distância de alguns «cliques».

Com o crescimento exponencial de cibernautas, as marcas e empresas têm utilizado a internet como recurso para divulgar os seus produtos e serviços. Assim, o consumidor é diariamente exposto e impactado a inúmeros anúncios online com o intuito de o incentivar à compra.

Porém, estas campanhas online podem ser feitas tanto por particulares como por empresas. Por isso, o consumidor, por vezes, acaba por ser exposto a produtos e serviços que são autenticas burlas - principalmente nas redes sociais onde o controlo é menor.

Ora, como os rendimentos dos portugueses estão a ficar mais curtos devido à inflação e aumento das taxas de juro, são também cada vez mais aqueles que procuram soluções de crédito rápido online para aumentar a sua liquidez e estabilizar as suas contas pessoais.

Esta necessidade e emergência financeira por parte de muitos portugueses faz com que fiquem mais vulneráveis e prestem menos atenção às propostas de crédito apresentadas.

Esta situação é um verdadeiro chamariz para pessoas mal intencionadas que pretendam ganhar um dinheiro extra.

 

É Seguro Contratar Créditos Rápidos Online?

Os créditos rápidos online, são, na verdade, um crédito pessoal com prazos de aprovação e financiamento mais curtos. Através desta tipologia de empréstimos, o consumidor, obtém o montante solicitado na sua conta bancária até 48h após a aprovação do crédito, e geralmente não tem de apresentar quaisquer comprovativos da utilização do dinheiro.

Além de ser pouco burocrático e existir facilidade tratar de todo o processo via online (através do homebanking ou app da das várias entidades financeiras), o consumidor pode solicitar montantes de financiamento que variam entre os 200 euros e os 75.000 euros.

Ou seja, falamos de créditos com pouca burocracia associada, e que podem e devem ser solicitados através das instituições financeiras certificadas pelo Banco de Portugal.

Estas entidades são bastante reguladas e seguras. Por isso, o consumidor não terá de ficar preocupado com o tratamento deste processo que é feito sem a necessidade de sair de casa.

Contudo, como tudo que é feito online, existe sempre a possibilidade de burlas e fraudes

Infelizmente, alguns particulares (também conhecidos como agiotas e que não têm nenhum controlo ou supervisão do Banco de Portugal), aproveitam-se da fragilidade de outros e oferecem financiamentos, aparentemente fidedignos, através das redes sociais, fóruns ou emails com o intuito de lhes extorquir algum dinheiro.

Apesar disso, essas situações são muito pontuais e relativamente fáceis de serem identificadas e evitadas.

 

Dicas Para Evitar Contratar Empréstimos Fraudulentos

São vários os órgãos de comunicação social que informam regularmente o consumidor através de alertas e avisos públicos sobre os riscos associados a burlas e fraudes online.

A Direção-Geral do Consumidor (DGC), publicou um exemplo das abordagens mais utilizadas pelos burlões para alertar os consumidores dos cuidados a ter com estes empréstimos fraudulentos online.

Por isso, aconselhamos o consumidor a:

-       Evitar contratar créditos com requisitos duvidosos (ex.: pagamento de quantias para ter direito ao dinheiro ou exigência de garantias pré-contratuais);

-       Evitar indivíduos que ofereçam taxas de juro demasiado baixas ou muito elevadas em relação às que são praticadas pelo mercado financeiro;

-       Evitar indivíduos que solicitem o pagamento da prestação mensal em dinheiro vivo;

-       Não responder a mensagens de fóruns e a publicações em grupos de Facebook sobre o tema;

-       Confirmarem se a conta bancária para onde irá fazer os pagamentos é estrangeira;

-       Procurar o máximo de informação possível sobre a entidade bancária a quem pretende contratar um crédito — procurar pelo feedback de outros clientes é um bom princípio;

-       Como salvaguarda, se por alguma razão quiser avançar com um contrato de crédito com um agiota, leve o documento a um notário para que este seja certificado.

No fundo, como precaução, o nosso conselho é que o consumidor faça sempre o seu pedido de crédito junto a uma instituição bancária certificada pelo Banco de Portugal (BP);

Assim, e em suma, caso o consumidor precise de liquidez para fazer face a alguma despesa inesperada ou para financiar um projeto pessoal, pode e deve recorrer aos créditos online para obter o financiamento que precisa.