O Governo vai lançar na quarta-feira um novo concurso extraordinário para criar mais de 2.000 vagas para a vinculação de professoras nas regiões de Lisboa e Algarve, anunciou hoje o ministro da Educação.

“Eu queria aproveitar para vos informar que nós vamos publicar o novo concurso extraordinário amanhã [quarta-feira]” depois de ter sido assinada a portaria com a definição das vagas na passada sexta-feira, disse aos jornalistas Fernando Alexandre à margem de uma visita à Escola Secundária Dra. Laura Ayres em Quarteira, no concelho de Loulé, distrito de Faro.

O responsável governamental acrescentou que este concurso irá “permitir criar mais de 2.000 vagas para vinculação nas regiões de Lisboa, no Algarve, onde há falta de professores”.

A portaria das vagas já está assinada pelo ministro da Educação e pelo das Finanças e “o concurso será lançado imediatamente”, insistiu Fernando Alexandre.

“O que nós estamos a fazer é tomar as medidas para garantir que as escolas vão ter os instrumentos para conseguir atrair professores, precisamente para as áreas onde eles neste momento não estão disponíveis”, disse o ministro.

À referência feita por um jornalista sobre a falta de professores que acontece todos os anos, Fernando Alexandre respondeu que agora “há uma diferença” em relação aos últimos anos: “Nós criamos um concurso extraordinário para vinculação de professores que não estão vinculados e que vão poder vincular”, disse.

O ministro evitou atualizar os números de falta de professores, mas garantiu que esses dados serão fornecidos mais tarde.

“Nós daremos os números com todo o rigor, que é como fazemos sempre, com todo o rigor”, afirmou.

O ministro referiu que, além desta vinculação extraordinária, haverá ainda “um apoio à deslocação para professores que residem a mais de 300 km de 450 euros”: “Vamos ver como é que funciona”, disse.

Fernando Alexandre sublinhou a importância do projeto “super inovador” que está a ser desenvolvido na escola Laura Ayres de Quarteira, permitindo a integração em Portugal de muitos jovens filhos de pais estrangeiros.

No agrupamento de escolas em causa há alunos e docentes provenientes de 56 países, totalizando 1.111 alunos estrangeiros que são 39% do total de estudantes, sendo a maioria deles de origem brasileira.

“Temos muitos problemas no sistema de ensino, mas também temos coisas ótimas”, referiu o ministro, acrescentando ser uma “riqueza” para a região e para o país ter todas aquelas nacionalidades.

Fernando Alexandre defendeu que a comunidade portuguesa vais “melhor e mais rica” com estes alunos estrangeiros.

O ministro da Educação tem previsto visitar ainda hoje estabelecimentos escolares do ensino básico e secundário em Tavira e em Faro.

 

Lusa