Montante total de empréstimos da casa cresceu para 102,4 mil milhões de euros em dezembro, diz o BdP.
A recente descida dos juros e o IMT Jovem têm vindo a impulsionar o crescimento do crédito habitação em Portugal. Em dezembro de 2024, foram registados 102,4 mil milhões de euros em empréstimos habitação, o maior valor registado em cerca de 10 anos pelo Banco de Portugal (BdP).
Em dezembro de 2024, o montante total de créditos habitação em Portugal (novos e existentes) chegou aos 102,4 mil milhões de euros, mais 3,5 mil milhões do que em dezembro de 2023, revelou o BdP numa nota estatística publicada esta quarta-feira, dia 29 de janeiro. É preciso recuar até outubro de 2015 para encontrar um valor mais elevado (102,5 mil milhões de euros).
 
Este foi o 11º mês consecutivo em que se registou um aumento do montante total de crédito habitação em Portugal. Em termos anuais, “os empréstimos à habitação cresceram 3,5%, contrariando o decréscimo de 1,2% registado em 2023, que tinha sido motivado pelo contexto de subida das taxas de juro”, realça o regulador liderado por Mário Centeno. Esta evolução anual do valor total de créditos habitação no nosso país foi bem superior à registada no conjunto de países da área euro, que se fixou em 0,6% em dezembro.
 
Importa recordar que a procura por créditos habitação em Portugal cresceu no final de 2024, motivada pela descida dos juros (Euribor e taxas mistas mais acessíveis), bem como pela confiança dos consumidores, perante um ambiente económico mais favorável à compra de casa. E em Portugal houve um incentivo extra: a isenção de IMT e Imposto de Selo para jovens até aos 35 anos que adquirem a sua primeira habitação. Tudo indica que a procura por crédito habitação vai continuar a aumentar em Portugal este ano, uma vez que a estes incentivos soma-se ainda a garantia pública para jovens já operacional.
O crescimento do crédito habitação também ajudou a aumentar o montante total de empréstimos concedidos pelos bancos a particulares (que inclui créditos ao consumo), o qual “registou uma taxa de variação anual de 4,2% (-0,6% no final de 2023)”, o “maior crescimento em final de ano observado desde 2008 (4,5%)”.
 
 
Idealista News