Nos últimos meses, um nome tem ganho destaque no panorama cultural e turístico do Algarve: Paolo Funassi.

Italiano de origem e ativista social, Funassi tem dedicado o seu tempo a um projeto singular – escrever livros sobre as localidades algarvias, destacando a sua história, cultura, gastronomia e qualidade de vida. O objetivo? Promover a região além-fronteiras, captando a atenção de potenciais visitantes e investidores estrangeiros.
Até agora, Funassi já publicou obras sobre Castro Marim, Vila Real de Santo António, Albufeira, Olhos de Água, Paderne, Guia, Ferreiras, Boliqueime, São Bartolomeu de Messines, Burgau, Vilamoura, Carvoeiro e Lagos. Cada livro é uma viagem detalhada, repleta de fotografias e análises sobre o que torna cada localidade única – desde os pratos tradicionais até às festas populares, passando pela descrição das infraestruturas e do quotidiano dos residentes.

Um Projeto com propósito Internacional
O facto de os livros estarem escritos em línguas estrangeiras não é coincidência. Funassi quer que o Algarve seja conhecido e apreciado lá fora, contribuindo para o turismo e para a economia local. "O Algarve tem muito mais a oferecer do que sol e praia. Cada vila, cada freguesia tem uma identidade própria, histórias fascinantes e tradições que merecem ser partilhadas", explica o autor.
Os seus trabalhos não se limitam a guias turísticos convencionais. São verdadeiros retratos culturais, com análises aprofundadas sobre o desenvolvimento de cada região, as suas potencialidades e até desafios.

Expansão para todo o Algarve
Paolo Funassi não planeia parar. Já está a ultimar livros sobre outras localidades, com a ambição de cobrir todos os concelhos do Algarve. "Quero que o mundo conheça o Algarve na sua totalidade, desde as serras até ao litoral, desde as aldeias mais tradicionais até aos centros urbanos mais dinâmicos", afirma.
O seu trabalho tem sido bem recebido, não só pelos turistas, mas também pelas autarquias e entidades locais, que veem nele um aliado na promoção da região. Num momento em que o turismo de qualidade e sustentável é cada vez mais valorizado, iniciativas como a de Funassi podem fazer a diferença.
Enquanto o italiano continua a percorrer o Algarve, de caderno e câmara em riste, uma coisa é certa: vai continuar a descrever, através dos seus olhos, os encantos menos óbvios – mas igualmente fascinantes – desta região portuguesa.

Paolo Funassi: O Italiano que está a Mapear a Alma e Beleza do Algarve para o Mundo

Nos últimos meses, um homem de caráter forte e olhar atento tem percorrido cada canto do Algarve com um objetivo claro: contar, em línguas estrangeiras, as histórias que os algarvios já conhecem, mas que o mundo ainda não descobriu. Paolo Funassi, italiano, mas cidadão do mundo por vocação, tem-se dedicado a um projeto editorial sem precedentes na região – uma coleção de livros que imortalizam, uma a uma, as vilas e freguesias algarvias, dando mais um contributo para desvendar os seus segredos para leitores além-fronteiras.

Uma obra sem pressa, feita com os Pés na Terra
Não se trata de um guia turístico convencional, daqueles que se limitam a enumerar hotéis e restaurantes. Os livros de Funassi são trabalhos de afeto, quase antropológicos, onde cada página respira o espírito do lugar. Em Castro Marim, destacou não apenas o castelo, mas as gentes que mantêm viva a tradição. Em São Bartolomeu de Messines, descreveu a história do Cinema da Freguesia. Em Burgau, capturou os becos que atraem pintores há décadas.
"Um turista pode ver uma foto da Praia do Camilo e achar bonita. Mas se souber que ali perto há uma aldeia chamada Burgau, onde os pescadores ainda consertam as redes como no tempo dos avós, e que num certo café da esquina se serve um medronho caseiro que arde na garganta como o sol de agosto, então essa beleza ganha outra dimensão", explica o autor, entre sorrisos.

Detalhes que fazem a diferença
Os seus livros – já publicados sobre Castro Marim, Vila Real de Santo António, Albufeira, Olhos de Água, Paderne, Guia, Ferreiras, Boliqueime, São Bartolomeu de Messines, Burgau, Vilamoura, Carvoeiro e Lagos – são verdadeiras cápsulas do tempo. Em cada um, há:
• Fotografias que contam histórias: não apenas paisagens de postal, mas cenas do quotidiano – uma cataplana em Carvoeiro, uma ruela estreita em Albufeira, uns gatos num telhado em Olhos de Água.
• Gastronomia com alma: receitas tradicionais, sim, mas também os locais onde ainda se come como antigamente.
• Festas e Rituais: desde a romaria da Guia até ao Carnaval nas Ferreiras, Funassi documenta tradições que muitos temem ver desaparecer.
• Agricultura e comércio local: análise e descrição destes setores importantes e tradicionais do Algarve.
• Personagens do Passado e do Presente: nos livros estão também presentes histórias de pessoas que deram o seu contributo à região e às suas comunidades, no passado e no presente (por exemplo, o famoso poeta João de Deus em Messines, o escritor Manuel Neto em Messines, o cantor Beto Kalulu em Carvoeiro).

Porquê em Línguas Estrangeiras?
"Escrevo em inglês, italiano, polaco e francês porque quero dar o meu contributo para que mais pessoas do mundo todo descubram que há aqui muito mais do que ‘praias’ e campos de golfe", diz.

O que vem a Seguir?
Funassi não esconde a ambição: quer cobrir todos os concelhos do Algarve. Já está a trabalhar em monografias sobre Alcoutim ("terra de contrabandistas e poetas"), Loulé ("onde o mercado é um teatro ao ar livre") e Tavira ("a cidade que o tempo esqueceu"). Mas admite que alguns lugares o surpreenderam mais do que outros.
"Burgau não deixa de me encantar… E quem diria que em Paderne, à sombra dos hotéis de Albufeira, há uma comunidade que ainda faz o pão no forno comunitário?", pergunta, retoricamente.

Um legado para o futuro
Gostaria que as Câmaras Municipais e Freguesias usassem os livros em ações de promoção internacional, mas também sei que há certas lógicas diferentes das minhas em certos ambientes.
Enquanto isso, Paolo Funassi continua a sua peregrinação pelo Algarve, de caderno na mão e um sorriso pronto para conversar com quem quer que tenha uma história para contar. Porque, no fundo, o seu projeto não é sobre lugares – é sobre as pessoas que neles vivem, e que fazem desta região um sítio único no mundo.
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