“Tomei a iniciativa de solicitar ao Governo que garanta a reposição dos ‘stocks’, de modo a dar resposta às necessidades que se verificam”, após ter recebido, “ao longo das últimas semanas, inúmeras queixas de utentes sobre a falta da vacina tetravalente no Algarve”, disse o social-democrata à Lusa.
“Esta situação é motivo de angústia e receio por parte de muitos pais, os quais constatam que não há previsão para a solução do problema quando se dirigem aos centros de saúde, pelo que urge corrigir prontamente”, acrescentou.
Aquela vacina é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é obrigatória em diversos países para menores de um ano e permite proteger contra a difteria, tétano, coqueluche e meningite.
Questionada pela agência Lusa, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve respondeu que a vacina tetravalente bacteriana (DTA+Hib) deverá ser disponibilizada aos centros de saúde “no início da próxima semana”, após terminar um “procedimento de aquisição, centralizado nos serviços partilhados do Ministério da Saúde”, que se prevê estar concluído no final desta semana.
“Assim, o fornecimento deverá estar completamente assegurado no início da próxima semana com a respetiva distribuição pelas unidades de saúde da região”, garantiu a ARS do Algarve.
A vacina em causa deve ser administrada três vezes nos primeiros seis meses de vida da criança, sendo reforçada depois aos 15 meses e aos quatro e seis anos. Posteriormente, deve ser tomada de 10 em 10 anos.
A ARS algarvia garantiu ainda que, “de acordo com as orientações do [seu] Departamento de Saúde Pública”, as crianças que, “eventualmente, não tenham ainda sido vacinadas, serão contactadas pela respetiva unidade de saúde quando for regularizado o fornecimento”.
“Os cuidadores poderão sempre contactar a sua unidade de saúde para obter mais informação”, acrescentou o organismo que administra a saúde no Algarve, sem revelar quantos casos há de utentes que não conseguiram tomar a vacina.
A Lusa questionou também a ARS sobre a extensão das faltas de vacinas nos centros de saúde do Algarve, mas o organismo tutelado pelo ministério da Saúde não esclareceu se as faltas estavam a acontecer em todas as unidades ou só em algumas.
Por: Lusa