Sob o lema “Determinação”, as jornadas parlamentares do PSD contarão na abertura com a intervenção do líder da bancada, Luís Montenegro, e do presidente do partido, Pedro Passos Coelho, no encerramento.
O convidado do jantar-conferência que o PSD realiza habitualmente nas suas jornadas é o professor universitário Jaime Nogueira Pinto, depois de, nas últimas jornadas realizadas em setembro em Coimbra, ter sido o ex-ministro socialista Luís Amado o orador convidado.
Ainda antes da abertura oficial das jornadas, marcada para as 15:00, os 89 deputados sociais-democratas irão dividir-se na manhã de terça-feira por visitas separadas que abrangem concelhos como Faro, Monchique, Silves, Monte-Gordo, Olhão, Albufeira, Tavira, Castro Marim, S. Brás de Alportel, Sagres, Aljezur ou Portimão.
De acordo com o programa, os deputados irão realizar reuniões de trabalho em temas tão diferentes como: Saúde, Turismo, Poder Local, Educação, Ambiente, Mar, Cultura, Segurança, Ação Social, Ordenamento do Território, Territórios de Baixa Densidade ou Floresta e proteção civil.
Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro irão participar na mesma visita, ao centro Hospitalar do Algarve, onde se reunirão com a administração, visitando em seguida o serviço de urgência e cirurgia do Hospital de Faro.
Depois da sessão de abertura – que contará além de Luís Montenegro com intervenções do presidente da Câmara Municipal de Albufeira, Carlos Sousa e Silva, e do presidente da distrital de Faro, David Mascarenhas dos Santos – os deputados do PSD terão durante a tarde uma reunião interna do grupo parlamentar.
O primeiro dia de trabalhos termina com um jantar-conferência no hotel onde decorrem as jornadas, em Albufeira, com Jaime Nogueira Pinto.
O nome do politólogo esteve recentemente envolvido em polémica quando, em março, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/UNL) cancelou uma conferência no qual era orador invocando "ausência das condições indispensáveis de normalidade".
O caso gerou um pedido de esclarecimento pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que considerou "incompreensível" o cancelamento, e foi alvo de críticas de personalidades de vários quadrantes políticos, ao mesmo tempo que outras associações académicas se solidarizaram com os dirigentes estudantis da FCSH.
Na quarta-feira, as jornadas arrancam com um debate sobre a reforma do sistema político e eleitoral, tendo como oradores os professores universitários Manuel Meirinho (ex-deputado do PSD) e Rui Oliveira e Costa, e prosseguem, à tarde, com um debate intitulado “Portugal a crescer a partir das autarquias”.
Neste segundo painel são oradores três presidentes de Câmara do PSD: Paulo Cunha (Famalicão), Paulo Batista Santos (Batalha) e Rui Miguel André (Monchique). A sessão de encerramento está marcada para as 16:30 com intervenções de Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro.
A escolha do local das jornadas sociais-democratas foi motivo para troca de críticas nos últimos dias entre PS e PSD, depois de o presidente e líder da bancada socialista, Carlos César, ter afirmado que os socialistas preferiram Bragança, no interior do país, para a realização das suas jornadas, em vez de um destino turístico com sol.
Na resposta, o PSD fez violentas críticas a Carlos César, acusando-o de desrespeitar os algarvios e de falta de dimensão ética e democrática.
Em 2013, o PS venceu as eleições autárquicas no Algarve, ficando com 10 das 16 câmaras da região e retirando ao PSD o estatuto de força mais votada. Há quatro anos, o PSD perdeu quatro das nove autarquias que liderava, tendo sido derrotado em Loulé, Lagoa e Alcoutim, câmaras ganhas pelo PS, e em Silves, município onde a CDU alcançou a sua única vitória no Algarve.
No Algarve, o PSD governa os municípios de Faro - em coligação com o CDS-PP, MPT e PPM – sendo o presidente de Câmara Rogério Bacalhau, de Vila Real de Santo António (Luís Gomes), de Monchique (Rui André), de Castro Marim (Francisco Amaral) e de Albufeira (Carlos Eduardo Sousa).
Por: Lusa