Subsídio de desemprego mínimo deverá subir para 522,5 euros a partir de janeiro, empurrado pelo aumento do IAS.
O mercado de trabalho em Portugal continua a dar sinais de resiliência. Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego manteve-se nos 6,6% em outubro. E há mais novidades: o valor mínimo de subsídio de desemprego vai avançar para 522,50 euros em 2025, estando em linha com a atualização do Indexante de Apoios Sociais (IAS).
"A taxa de desemprego situou-se em 6,6%, valor idêntico ao de setembro, superior ao de julho de 2024 (0,1 pontos percentuais) e inferior ao de outubro de 2023 (0,1 pontos percentuais)”, revelou o INE nas estimativas provisórias divulgadas esta sexta-feira, dia 29 de novembro. 
Assim, a população desempregada (357,9 mil) em outubro manteve-se praticamente inalterada em relação ao mês anterior e diminuiu por comparação com um ano antes (0,5%).
De notar ainda que se sentiu um crescimento da população empregada (5.105,7 mil) tanto face a setembro (+0,1%) como relativamente a outubro do ano passado (+1,4%), referiu ainda o instituto. Trata-se de um máximo desde o início desta série, que remonta a 1998.
 
Subsídio de desemprego vai subir em 2025: quanto?
Esta sexta-feira, o INE também divulgou os dados sobre o crescimento da economia nos últimos dois anos até setembro (entre 2% e 3%) e sobre a inflação (sem habitação) dos últimos 12 meses terminados em novembro (+2,1%). Estes dados já permitem calcular o Indexante de Apoios Sociais (IAS) para o próximo ano, que está na base da atualização de várias prestações sociais.
Assim, estima-se que o IAS avance 13,24 euros (+2,6%), passando para 522,50 euros em 2025, de acordo com cálculos da agência Lusa. Com a subida do IAS, também o subsídio de desemprego vai aumentar: o valor máximo passará de 1.273 euros (2,5 IAS) para 1.306 euros em 2025; e o valor mínimo avança em linha com o indexante, ou seja, para 522,50 euros.
Os cálculos deste patamar mínimo são diferentes para aqueles trabalhadores cuja remuneração líquida de referência é inferior ao IAS e também para quem recebe o salário mínimo nacional ou para os casais com ambos os elementos no desemprego e dependentes a cargo.
Além do subsídio de desemprego, o IAS é também usado na determinação dos escalões para atribuição do abono de família ou para estabelecer o valor máximo do património de quem pode beneficiar do Rendimento Social de Inserção (RSI) ou ainda para atribuição de bolsas de estudo, entre outras.
Estes valores terão ainda de ser confirmados com base no valor definitivo da inflação em novembro que o INE vai divulgar no dia 11 de dezembro.
 
 
*Com Lusa
 
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