Greve Nacional de Enfermeiros

Primeiro turno de uma greve de 6 registou uma adesão de 87,7%.

Recorde-se que os dados da greve são recolhidos EM TODOS OS TURNOS e da seguinte forma:

- Numero de enfermeiros escalados em cada serviço;

- Numero de enfermeiros aderentes à greve.

A obrigatoriedade de prestar serviços mínimos determina que existam enfermeiros a trabalhar MAS A PRESTAR SERVIÇOS MINIMOS. Estes enfermeiros, apesar de em greve, fazem o registo no programa de assiduidade com a indicação: EM GREVE A PRESTAR SERVIÇOS MINIMOS.

SEP e Enfermeiros reafirmam que as razões da greve são justas e a exigência de propostas de solução são prementes.

SEP e Enfermeiros indignam-se com as recentes declarações de Paulo Macedo quando afirma que as “greves estão a ser banalizadas… que só acontecem no sector público colocando em causa o SNS e os utentes …. e que o Governo está a fazer um enorme esforço orçamental, em tempo de crise, para contratar enfermeiros e que os portugueses percebem ”.

O que os portugueses sabem e sentem é que têm vindo a perder condições de acesso a cuidados de saúde, seja pelos cortes nos salários, pelo aumento de todos os impostos seja, ainda, pelo dinheiro que “sai do seu bolso” para esses cuidados.

O que os portugueses sabem, principalmente os que recorrem aos serviços de saúde, é que o numero de enfermeiros são hoje menos que há 3 anos. Sabem e sentem, que esperam mais tempo por consultas e nas salas de espera de hospitais e centros de saúde comparativamente ao tempo que estão nos consultórios de enfermagem.

Sabem que muitos dos programas de saúde, nomeadamente, saúde oral que em alguns centros de saúde permitiu reduzir as cáries dentárias na 1ª dentição, terminaram por falta de enfermeiros.

Neste contexto, Sr. Ministro, e deveria sabê-lo melhor que ninguém, o dinheiro aplicado na saúde não é um gasto, é um investimento!

Por: SEP