A nova estratégia de combate à pobreza energética do Executivo de Costa passa também por alcançar a meta de 69% de edifícios renovados até final de 2030.

O Governo está a preparar-se para distribuir vouchers a famílias de menor rendimento que visam apoiar a compra de eletrodomésticos mais eficientes, segundo a informação avançada pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba. Esta medida faz parte da estratégia de combate à pobreza energética, que será apresentada pelo Executivo socialista de António Costa, até final de março de 2021.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, o responsável pela pasta da energia admite que Portugal tem “problemas de pobreza energética maiores do que outros países”, e que o Governo quer acelerar, "dentro do possível" o combate a este problema que já atinge cerca de dois milhões de pessoas. “Os países temperados, como Portugal e Espanha, têm um problema na eficiência energética que os países do Norte da Europa não têm”, explicou.

“Uma das medidas que estão previstas, sobretudo para as famílias de menor rendimento, são vouchers de apoios na compra de equipamentos mais eficientes”, revelou João Galamba. O secretário de Estado da Energia destacou ainda outras medidas tomadas pelo Governo para combater esta situação, nomeadamente a “criação da tarifa social que prevê um desconto de quase 34%” na fatura da luz, bem como a descida do IVA em função do escalão”. Para já, e segundo o responsável, não estão previstas outras descidas adicionais além daquelas que já foram decididas.

Executivo quer renovar 69% dos edifícios até 2030

O novo programa do Governo irá representar um investimento anual superior a 300 milhões de euros até 2050 e tem como objetivo alcançar a meta de 69% de edifícios renovados até final de 2030. Fundos europeus, assim como linhas de financiamento bancário poderão financiar este programa.

“Estamos a falar de vários milhares de milhões de euros durante a década 20-30 que se esperam em investimentos” no âmbito da Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE), cujo objetivo final passa por “renovar edifícios em todo o país até 2050”, disse ainda o governante ao mesmo jornal.

"Têm de ser mobilizadas linhas de financiamento e haver uma articulação forte entre o Banco de Fomento e a banca de retalho", defendeu, acrescentando que essa possibilidade está a ser estudada pelo Ministério do Ambiente com o Ministério da Economia.

 

Por: Idealista