A mais recente agência do Banco BIG – Banco de Investimento Global abriu em Loulé em Junho de 2015.

O Banco que recebeu recentemente e pelo 8º ano consecutivo o Prémio de Melhor Pequeno Médio Banco, bem como o prémio de Banco Mais Sólido e de Banco Mais Rentável - atribuídos pela Revista Exame - está agora mais perto dos algarvios.

A equipa ao dispor de novos e antigos clientes é composta por três Financial Advisors: Pedro Ribeiro, Luís Henriques e Alexandre Santos.

Pedro Ribeiro, membro da equipa BIG desde 2007 e natural de Lisboa, mas com algumas raízes familiares no Algarve é o representante desta nova agência que pretende prestar aos seus clientes um atendimento de qualidade e proximidade.

 

A Voz do Algarve – Antes de mais, dê-nos a conhecer um pouco da história do BIG

Pedro Ribeiro – A história do BIG não é longa, mas também não é tão recente como se possa pensar. No conjunto de fundadores do Banco incluem-se os atuais Presidente/CEO e Vice-Presidente/COO do BiG, que iniciaram as suas carreiras bancárias em Nova Iorque há mais de 30 anos e ascenderam a posições sénior nas equipas de gestão do Manufacturers Hanover Trust/Chemical Banking Corporation, antecessores do atual JP Morgan Chase.

Estes, e outros ainda ligados ao BiG, foram responsáveis pelo lançamento do primeiro novo Banco privado - Banco Manufacturers Hanover, posteriormente conhecido como Banco Chemical - estabelecido em Portugal após a liberalização do sector bancário e a abertura do sector financeiro à iniciativa privada em 1984. O Banco, vocacionado para o segmento empresarial / institucional, foi responsável por diversas alterações inovadoras no mercado bancário no período de 1980 a 1990, tendo sido o Banco de capitais estrangeiros/cotado com maior sucesso e rentabilidade em Portugal no período compreendido entre 1984 e 1996.

Dois anos após a venda do Banco Chemical Portugal ao grupo de banca de retalho Champalimaud em 1996, onde os principais elementos da Administração do BiG ocuparam cargos de Administração até 1998, os mesmos, juntamente com um grupo de acionistas – que partilhavam a visão de criação de um Banco bem capitalizado e especializado em investimento e poupança, pois consideravam ser um nicho de oportunidade no mercado português.

 

V.A. – Aproveitada a oportunidade, os tempos foram sempre de prosperidade e crescimento?

P.R. – Pelo contrário. Os primeiros anos de vida do Banco BIG foram relativamente complicados, essencialmente devido à conotação online que tínhamos. Houve uma associação do Banco BIG com o crash das «.com», o que não tinha qualquer sentido. Desta forma, os primeiros anos ficaram marcados um pouco por essa desconfiança, mas a administração nunca perdeu o enfoque e continuou a apostar naquilo que consideramos que sabemos fazer melhor, que é a recomendação e gestão de poupanças e investimentos dos nossos clientes, bem como a selecção criteriosa dos activos onde investimos. Nunca podemos esquecer que o nosso maior activo é a confiança que os nossos clientes têm na capacidade do BIG em gerir as suas poupanças e em simultâneo, preserva-las.

 

V.A. – Nessa altura complicada, surgiu a hipótese de oferecer novos serviços?

P.R. – Teria sido mais fácil se o tivéssemos feito. Nessa altura, enveredar pelo mercado do crédito, como a maioria fez, teria permitido lucros mais rápidos. Um dos “lemas” dentro do BIG é que se não conseguimos perceber os riscos de um determinado investimento, simplesmente não o fazemos. Não corremos riscos só porque sim. Mantivemos a nossa posição, embora numa altura complicada, e foi uma decisão que se veio a revelar bastante certeira a longo prazo, pois as consequências desse mercado estão à vista. Manter a nossa postura mais conservadora permitiu que o BIG mantivesse os seus rácios de liquidez, rácios de solvabilidade muito significativos, nunca antes vistos na banca nacional. O BIG sempre teve uma gestão muito baseada e assente na liquidez, o que nos permite ter, ao longo da nossa história, rácios de solvabilidade sempre acima dos 30%. Isso permitiu que, após 2008 e ao longo destes anos de crise profunda em Portugal, tivéssemos um bem que não havia noutros bancos: liquidez. Ou seja, não tivemos que pedir dinheiro emprestado, nem tivemos que ser socorridos pelo Estado, não tivemos de vender ativos a qualquer preço, muito pelo contrário, podíamos emprestar ou fazer negócios a preços muito mais apelativos do que o seriam as condições normais. Tudo isso tem permitido que o BIG esteja numa fase completamente inversa à restante Banca Nacional.

 

V.A. – O presidente e vice-presidente do BIG são também acionistas deste Banco, o que não é frequente acontecer. Como pode este fator influenciar a gestão do banco?

P.R. – Esse é um dado curioso, e é uma das coisas que por vezes foi criticado, especialmente antes da crise, receando-se o conflito de interesses... De facto o presidente e o vice-presidente são também acionistas, mas a nossa postura sempre foi outra, pois transmite principalmente para os colaboradores, acionistas e clientes, que a Equipa de Gestão não só acredita no projeto, como a gestão será naturalmente muito criteriosa e cuidadosa, pois em última análise, estão a gerir o próprio dinheiro. O facto de também não estarmos ligados a nenhum grande grupo financeiro, ao contrário do que acontece com alguns concorrentes, também tem sido um fator decisivo, pois não fomos “arrastados” pelos problemas que os grandes grupos financeiros têm tido e que por consequência, arrastaram às restantes empresas do Grupo.

 

V.A. – Sendo um banco com uma estrutura apoiada na plataforma online, o que levou à decisão de abrir algumas agências?

P.R. – O nosso modelo continua a ser muito apoiada na plataforma online, não é pelo facto de termos agora agências em todo o Portugal Continental que o modelo mudou. A primeira agência surge só em 2005, em Picoas, no centro de Lisboa…e foi ai que começámos a perceber que os clientes continuam a privilegiar o facto de existir um espaço físico, mais não seja por saberem que se houver um problema podem deslocar-se e falar com alguém, cara a cara. Esse fator abre uma nova janela de confiança, o que nos levou a procurar estar presentes nas principais cidades do País. Além disso, também ajuda a cimentar o reconhecimento da marca. Temos atualmente 17 agências em Portugal.

 

V.A. – No Algarve a agência de Loulé é a primeira da região. Como surgiu a escolha desta cidade?

P.R. – Foram vários os pesos na balança que inclinaram para a escolha da cidade de Loulé. A opção natural seria Faro, por ser a capital e ter mais população… Mas a nossa intenção foi sempre estar o mais central possível e num local onde o acesso ao centro da cidade fosse fácil, o que, por exemplo, não acontece em Faro. Por outro lado, também sentimos, da parte da Câmara Municipal de Loulé muito dinamismo e percebemos que a cidade está, em todos os sectores, numa ótica de crescimento. Para já, estamos muito satisfeitos com Loulé e após os primeiros 6 meses já podemos dizer que temos sentido que novos e atuais clientes nos procuram “fisicamente”, não apenas os clientes residentes em Loulé, como clientes que se deslocam de outras regiões do Algarve.

 

V.A. – Que tipo de cliente é o cliente do Banco BIG?

P.R. – Um grande tabu que existe em relação aos Bancos de Investimentos, é que a maioria das pessoas considera que é preciso muito dinheiro para trabalhar por exemplo com o BIG, o que é uma ideia totalmente errada. Qualquer pessoa pode trabalhar connosco, e deve faze-lo, pois as vantagens são bastante superiores às desvantagens. E é bastante interessante saber que a maioria dos clientes que vêm ter connosco, chegam por recomendação de atuais clientes, o que é um excelente indicador. Temos produtos para todos os perfis de clientes. Temos Depósitos a Prazo que podem ser constituídos a partir de 500€, temos Fundos de Investimento que podem ser subscritos a partir de valores residuais. Claro que há produtos que têm valores mínimos mais altos, mas de uma forma geral isso não acontece. A existência das agências tem também como função ajudar a desmistificar um pouco estas questões. Mas tipicamente o cliente que procura o BIG faz porque pretende ter um nível de sofisticação mais elevado bem como ferramentas premium, para aplicar as suas poupanças associando a isso, uma equipa de Financial Advisors devidamente preparada e capacitada. Naturalmente e cada vez mais, o facto de o BIG ser o banco com maior solidez financeira, também é um fator preferencial.

 

V.A. – Que serviços e produtos podem os clientes encontrar no Banco BIG?

P.R. – O nosso core é bastante abrangente. Temos desde os produtos tradicionais: os depósitos a prazo, os produtos de capital garantido, o mercado de obrigações; até aos produtos de investimento mais sofisticados, com uma oferta universal, com fundos de investimento de entidades estrangeiras e o mercado de ações, assim como uma série de produtos que podem ser negociados diretamente no mercado, desde ETFs, os contratos de futuros, Forex etc… Para os novos clientes temos sempre os depósitos promocionais, a 3 e 6 meses, com taxas muito acima do que se pratica normalmente. Uma das maiores vantagens é que connosco o cliente não tem nenhuma obrigatoriedade. Não “obrigamos” o cliente a ter cartões ou despesas de manutenção obrigatórias. A única diferença significativa é que não temos tesouraria de numerário nas nossas agências. Se o cliente quiser fazer um depósito, por exemplo, terá de o fazer uma transferência bancária ou depositar um cheque.

 

V.A. – Sintetizando, explique-nos em que é que o BIG se diferencia dos restantes Bancos?

P.R. – Nós fazemos a diferença, especialmente, através do nosso advisoring. Essencialmente, o mais importante é que as pessoas saibam que sempre que vierem pedir uma informação sobre algum produto ou serviço financeiro, sairão daqui com a certeza de que foram bem informados e esclarecidas das suas dúvidas. A principal queixa que surge de clientes bancários é que não conheciam os verdadeiros riscos dos produtos que subscreveram. E infelizmente somos bombardeados por noticias de clientes que se sentiram lesados nos investimentos que fizeram, devido ao desconhecimento do risco. No BIG isso não acontece, até porque eu posso explicar qualquer produto financeiro de uma forma muito simples e muito transparente sem que com isso esteja a ocultar alguma informação, por mais complexo que seja. E esse é o nosso grande desafio, enquanto financial advisers, pois é muito importante que o cliente

conheça os riscos antes de decidir se os assume ou não. Outra questão muito importante é a nossa isenção na apresentação dos produtos que recomendamos. Ou seja, para mim/BIG é exatamente igual apresentar um fundo da JPMorgan ou um fundo do BNP Paribas. Eu vou sempre recomendar o que considero melhor tendo em conta o perfil do cliente e a análise que fiz do produto. Por fim, outro fator diferenciador do Banco BIG é o acompanhamento que fazemos aos investimentos. Não só recomendamos, como fazemos o acompanhamento desse investimento e tentamos identificar outras oportunidades para apresentar ao cliente.

 

Por ND