A Associação Movimento Juvenil de Olhão (MOJU) desafiou a população do concelho a decorar 21 moldes de sardinha, com um metro de comprimento, que vão compor a exposição “Sardine Parade”, a exibir a 20 e 21 de junho.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da MOJU, Nuno António, explicou que a iniciativa tem como objetivo promover o projeto de economia social “Hospital das Coisas” que a associação lançou este ano e que une a vertente social de inclusão de jovens de contextos desfavorecidos ao incentivo para a reutilização de materiais.

Por estes dias, os participantes, associações e pessoas a título individual, ultimam a decoração das sardinhas, feitas de madeira e com cerca de um metro de comprimento e cujo resultado final será apresentado num dos largos históricos de Olhão durante a festa de S. João que a MOJU promove anualmente.

As sardinhas foram escolhidas como tema para a exposição por a sua inauguração estar marcada para as festas dos santos populares, onde a sardinha é um elemento tradicional, explicou a organização.

“Já articulámos com o município e depois ficará patente em alguns locais importantes como a zona dos mercados, junto ao museu e terminará no Festival do Marisco [em agosto]”, contou Nuno António.

O projeto “Hospital das Coisas” foi selecionado pelo Programa Escolhas, que apoia iniciativas que promovam a igualdade de oportunidades e a coesão social, juntamente com outros 14 a nível nacional e que terão a duração de um ano.

“Consiste num espaço em que existe uma oficina de reutilização onde temos um conjunto de pessoas a trabalhar em três linhas básicas de atuação que são a reutilização de vestuário, uma linha de mobiliário e a produção de materiais” para venda, contou aquele responsável associativo.

Na área do vestuário, as pessoas podem dirigir-se à oficina, localizada na sede da MOJU, nas proximidades do Bairro Manuel de Oliveira, mais conhecido como “Bairro das Panteras”, e alterar ou arranjar roupas que de outra forma não seriam utilizadas.

Na linha de mobiliário, Nuno António explicou que tentam fazer a reutilização de peças que tenham algum problema ou que estejam velhas e que após uma remodelação ficam novamente aptas a ser utilizadas.

A produção de materiais para venda é a terceira vertente deste projeto que visa suportar os custos das atividades da associação.

“Os jovens produzem materiais e depois colocam à disposição de quem quiser contribuir”, disse Nuno António.

A oficina “Hospital das Coisas” está a funcionar desde março e tem uma equipa de quatro jovens.

Durante a exposição “Sardine Parade” a MOJU vai distribuir informação sobre o projeto “Hospital das Coisas e dar a conhecer os serviços que estão disponíveis.

 

Por: Lusa