Está de regresso a Salir a Festa da Espiga, entre os dias 18 a 20 de maio. Com um cartaz de luxo, o evento volta em força e com a promessa de conquistar ainda mais visitantes, tal como referiu Francisco André, Presidente da Junta de Freguesia de Salir, ao nosso jornal.

Além da forte componente etnográfica, destaca-se no cartaz a atuação de Zé Amaro e Rúben Filipe, no dia 18 de maio; Jimmy P, D-String Band e DJ Wilson Honrado, a 19 e The Gift, ALLCANTE e DJ Sunlize, no dia 20. 

O desfile etnográfico acontece no dia 18 de maio, pelas 16h00 e terá «repetição» no dia 20, pelas 19h30. Esta foi uma medida implementada na edição do ano passado e que pretende dar oportunidade a quem não assistiu à «primeira passagem» do desfile, de o ver no último dia da Festa da Espiga.

A Tarde Sénior será realizada pelas 14h00 do dia 19 de maio, com muita animação e um lanche para os mais velhos. Já a Festa das Espiguinhas, que junta os mais novos, acontece no dia 20, às 14h00. Com uma componente bastante educativa, insere-se ainda na festa «dos pequenos» a Espiga Pedagógica, que terá uma equipa a explicar mais sobre a origem e tradições da Festa da Espiga aos jovens.

Este é um dos eventos mais importantes do Algarve e isso deve-se, sobretudo, «ao trabalho de todos os que ajudam na festa», conforme destacou Francisco André. A Comissão Organizadora é composta por 20 pessoas, mas o número de «mãos» a ajudar é maior. O Presidente da Junta de Freguesia de Salir frisou ainda a «importância dos jovens» num evento repleto de tradições e história.

Francisco André conta que são esperados entre 8 a 10 mil visitantes, um número crescente em relação ao ano passado. As novidades são muitas, como o acrescento de uma rua com artesanato, assim como o aumento da área da restauração.

O Presidente da Junta de Freguesia de Salir apresenta mais uma edição da Festa da Espiga, desta feita ao lado de Jesus Martins, do Rancho Folclórico «As Mondadeiras das Barrosas».

A Festa da Espiga é «uma oportunidade de se conhecer outro Algarve», referiu Francisco André. Ao Rancho Folclórico «As Mondadeiras das Barrosas», junta-se o Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão – Cortelha, que irão abrilhantar o evento de entrada gratuita.

A festa esteve representada na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorreu entre 1 a 5 de março, «mais uma prova de que estamos a crescer», acrescentou ainda Francisco André ao nosso jornal.

Além disso, o tradicional evento foi, em 2020, finalista das «7 Maravilhas da Cultura Popular».

A primeira celebração da Festa da Espiga aconteceu em 1968, pelas mãos do na altura Presidente da Junta de Freguesia de Salir, José Viegas Gregório. O objetivo era agregar toda a população numa única festa da freguesia e as celebrações acontecem sempre na Quinta-feira da Ascensão (Dia da Espiga), 40 dias depois da Páscoa. 

Com o passar dos anos, este evento foi ganhando dimensão e os visitantes e participantes iam-se multiplicando ano após ano.

Na década de 80, o feriado municipal de Loulé passou a ser no Dia da Espiga, decisão que se mantém até aos dias de hoje.

Numa organização conjunta entre a Junta de Freguesia de Salir e a Câmara Municipal de Loulé, a Festa da Espiga traz animação, artesanato, folclore, música, gastronomia e desfiles etnográficos à vila algarvia. Convite feito, resta dizer: Viva a espiga!

 

Por: Filipe Vilhena