Declarações após o jogo Portimonense-Mafra (2-4), dos quartos de final da Taça de Portugal de futebol, disputado ontem no Estádio Municipal de Portimão:

Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Correu muito mal. Estávamos avisados para a qualidade do Mafra e até entrámos bastante bem no jogo, a jogar com muita dinâmica.

O Mafra, na primeira bola de perigo, que nós defendemos muito mal, faz golo. A seguir, nós complicamos e acontece o penálti. Ainda reduzimos, mas consentimos outra vez facilmente um terceiro golo. Isto complica muito. 

O Mafra esteve muito confortável na partida, é uma equipa muito dinâmica, bem trabalhada, com miúdos com muita qualidade. O Mafra teve muita eficácia. Nós, na primeira parte, temos quatro bolas de golo, mas não concretizámos.

Tínhamos esperança e expetativa de inverter as coisas na segunda parte. Fomos fazendo tudo nesse sentido, mas o Mafra, com a vantagem que tinha, baixou as linhas e impediu-nos de atacar melhor. De qualquer forma, também não tivemos muito acerto nem muita qualidade no que fomos fazendo. E ainda há outro penálti, mas vou escusar-me de comentar penáltis, já chega.

Custa muito, embora tenhamos feito uma prestação na Taça a que o Portimonense não está habituado, chegar a esta fase tão adiantada. Tínhamos expetativas de poder prosseguir e estamos frustrados, estamos tristes. Parabéns ao Mafra pelo resultado.”

 

Ricardo Sousa (treinador do Mafra): “Nós vínhamos com a lição bem estudada. Sabíamos que íamos defrontar uma bela equipa, muito bem orientada. Tenho um respeito muito grande pelo treinador do Portimonense, que está a fazer um excelente trabalho, mas nós temos as nossas armas.

Sabíamos que não íamos alterar nada do nosso processo. Temos um processo desde a primeira zona de construção e não vínhamos aqui jogar com o ‘autocarro’ em frente à baliza, o que pretendíamos era criar muita dificuldade ao Portimonense, agredir a defesa contrária. Conseguimos ter um poderio muito grande, principalmente na gestão e velocidade que demos ao ritmo de jogo.

Conseguimos uma boa vitória. Queríamos continuar a fazer história. O que disse aos jogadores antes do jogo é que não queria que eles, um dia mais tarde, se arrependessem por não terem dado um bocadinho mais do que deviam e eles, em vez de terem dado 200 por cento, deram 300. Fizemos acreditar que não existem impossíveis no futebol, que, independentemente de sermos uma equipa de escalão inferior, temos jogadores de grande qualidade.

A maior parte destes jogadores, há dois ou três anos, estava a disputar o Campeonato de Portugal. E não tenho dúvidas nenhumas de que 10, 11 ou 12 jogadores desta minha equipa, se estivessem na I Liga, jogariam fácil.

Queríamos continuar a fazer história, continuamos a fazer história, ainda não é suficiente. Quero estar no Jamor. Desde que ganhámos em Vila Franca de Xira que disse que queria estar no Jamor e muita gente não acreditava. Temos aqui uma prova inequívoca de que, quando há sonhos, eles podem realizar-se.

Vamos defrontar uma bela equipa, o Tondela. Já ganhei uma Taça como jogador, ao serviço do Beira-Mar, e quero estar no Jamor no final do ano. Para nos ganharem, vão ter de correr muito mais do que nós.

Um dos melhores capitães que já tive o prazer de ter, como jogador, num grande clube, o Jorge Costa, uma vez disse-me que podíamos estar a jogar contra uma equipa com jogadores mais rápidos, mais fortes, mais agressivos, mais tecnicistas, mais tudo, mas que, naquele clube [FC Porto], tínhamos de ter mais coração. E nós estamos a incutir a mística de que neste clube existe um coração muito grande e que não é fácil as equipas conseguirem ombrear connosco, pelo sentido de perseverança e pela lealdade destes jogadores.

Esta não é uma vitória só do plantel, é uma vitória da cidade, pelo número de pessoas que nos tem apoiado, semana atrás de semana. Também acho que não é preciso falar da importância do presidente neste clube, sendo o segundo presidente com mais anos de liderança no futebol profissional. É preciso dar os parabéns a uma pessoa que passa despercebida no meio disto tudo, mas este sucesso também passa por ele. O Quim Zé [José Cristo], independentemente de ser um trabalhador invisível, esta vitória é muito dele, pelas escolhas que tem tido.

Até à meia-noite, vamos festejar este jogo. Depois acabam os festejos e já estaremos a pensar no Estrela da Amadora. A Taça fica lá mais para a frente.”

 

Por: Lusa

 

 


 

Futebol/Taça de Portugal: Portimonense – Mafra

 

Declarações após o jogo Portimonense-Mafra (2-4), dos quartos de final da Taça de Portugal de futebol, disputado hoje no Estádio Municipal de Portimão:

 

Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Correu muito mal. Estávamos avisados para a qualidade do Mafra e até entrámos bastante bem no jogo, a jogar com muita dinâmica.

O Mafra, na primeira bola de perigo, que nós defendemos muito mal, faz golo. A seguir, nós complicamos e acontece o penálti. Ainda reduzimos, mas consentimos outra vez facilmente um terceiro golo. Isto complica muito. 

O Mafra esteve muito confortável na partida, é uma equipa muito dinâmica, bem trabalhada, com miúdos com muita qualidade. O Mafra teve muita eficácia. Nós, na primeira parte, temos quatro bolas de golo, mas não concretizámos.

Tínhamos esperança e expetativa de inverter as coisas na segunda parte. Fomos fazendo tudo nesse sentido, mas o Mafra, com a vantagem que tinha, baixou as linhas e impediu-nos de atacar melhor. De qualquer forma, também não tivemos muito acerto nem muita qualidade no que fomos fazendo. E ainda há outro penálti, mas vou escusar-me de comentar penáltis, já chega.

Custa muito, embora tenhamos feito uma prestação na Taça a que o Portimonense não está habituado, chegar a esta fase tão adiantada. Tínhamos expetativas de poder prosseguir e estamos frustrados, estamos tristes. Parabéns ao Mafra pelo resultado.”

 

Ricardo Sousa (treinador do Mafra): “Nós vínhamos com a lição bem estudada. Sabíamos que íamos defrontar uma bela equipa, muito bem orientada. Tenho um respeito muito grande pelo treinador do Portimonense, que está a fazer um excelente trabalho, mas nós temos as nossas armas.

Sabíamos que não íamos alterar nada do nosso processo. Temos um processo desde a primeira zona de construção e não vínhamos aqui jogar com o ‘autocarro’ em frente à baliza, o que pretendíamos era criar muita dificuldade ao Portimonense, agredir a defesa contrária. Conseguimos ter um poderio muito grande, principalmente na gestão e velocidade que demos ao ritmo de jogo.

Conseguimos uma boa vitória. Queríamos continuar a fazer história. O que disse aos jogadores antes do jogo é que não queria que eles, um dia mais tarde, se arrependessem por não terem dado um bocadinho mais do que deviam e eles, em vez de terem dado 200 por cento, deram 300. Fizemos acreditar que não existem impossíveis no futebol, que, independentemente de sermos uma equipa de escalão inferior, temos jogadores de grande qualidade.

A maior parte destes jogadores, há dois ou três anos, estava a disputar o Campeonato de Portugal. E não tenho dúvidas nenhumas de que 10, 11 ou 12 jogadores desta minha equipa, se estivessem na I Liga, jogariam fácil.

Queríamos continuar a fazer história, continuamos a fazer história, ainda não é suficiente. Quero estar no Jamor. Desde que ganhámos em Vila Franca de Xira que disse que queria estar no Jamor e muita gente não acreditava. Temos aqui uma prova inequívoca de que, quando há sonhos, eles podem realizar-se.

Vamos defrontar uma bela equipa, o Tondela. Já ganhei uma Taça como jogador, ao serviço do Beira-Mar, e quero estar no Jamor no final do ano. Para nos ganharem, vão ter de correr muito mais do que nós.

Um dos melhores capitães que já tive o prazer de ter, como jogador, num grande clube, o Jorge Costa, uma vez disse-me que podíamos estar a jogar contra uma equipa com jogadores mais rápidos, mais fortes, mais agressivos, mais tecnicistas, mais tudo, mas que, naquele clube [FC Porto], tínhamos de ter mais coração. E nós estamos a incutir a mística de que neste clube existe um coração muito grande e que não é fácil as equipas conseguirem ombrear connosco, pelo sentido de perseverança e pela lealdade destes jogadores.

Esta não é uma vitória só do plantel, é uma vitória da cidade, pelo número de pessoas que nos tem apoiado, semana atrás de semana. Também acho que não é preciso falar da importância do presidente neste clube, sendo o segundo presidente com mais anos de liderança no futebol profissional. É preciso dar os parabéns a uma pessoa que passa despercebida no meio disto tudo, mas este sucesso também passa por ele. O Quim Zé [José Cristo], independentemente de ser um trabalhador invisível, esta vitória é muito dele, pelas escolhas que tem tido.

Até à meia-noite, vamos festejar este jogo. Depois acabam os festejos e já estaremos a pensar no Estrela da Amadora. A Taça fica lá mais para a frente.”

 

Por: Lusa