De 8 de fevereiro e 3 de março, a exposição «Vamos ser Geoparque Algarvensis: o que é isso?», vai estar em Paderne, Ferreiras e Albufeira.

O Geoparque Algarvensis foi já aceite como Geoparque aspirante à Rede Global de Geoparques da UNESCO e compreende os municípios de Loulé, Silves e Albufeira. Para dar a conhecer este projeto, os três municípios envolvidos prepararam uma exposição itinerante com o objetivo de convidar a “viver o território e legá-lo às gerações vindouras”.

Em Paderne, a apresentação decorreu, no passado dia 8 de fevereiro. Após o encontro no Largo João Campos, frente ao Monumento ao Músico e ao som da Banda da Sociedade Musical e Recreio Popular de Paderne, todos os presentes seguiram em cortejo até à sede da Junta de Freguesia, onde se encontra patente a exposição.

O Geoparque Algarvensis foi já aceite como Geoparque aspirante à Rede Global de Geoparques da UNESCO. É um projeto ambicioso de desenvolvimento integrado do território, que partindo do património geológico visa dar novas vidas a estes territórios, tornando-os num destino apetecível para investir, viver e visitar de modo sustentado e alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Compreende os municípios de Loulé, Silves e Albufeira.

Na sua intervenção, José Carlos Rolo, Presidente  da Câmara Municipal de Albufeira afirmou que “estamos perante um possível Geoparque, nós neste momento ainda não somos Geoparque! Isso é um processo de candidatura a (UNESCO), é um processo muito longo, moroso e por isso é preciso ter paciência, o calendário não é o nosso….. A agenda não é a nossa… É a agenda da (UNESCO) é o que eles pedem! O que eles exigem porque a (UNESCO) sendo uma identidade bem credibilizada não pode de uma forma simplista aceitar e reconhecer um Geoparque como dá cá aquela pedra isso não pode ser! Evidentemente vamos ter que ser pacientes, tolerantes, mas temos que preparar as pessoas para mostrar as potencialidades e as consequências de termos um dia o Geoparque aqui nesta zona.O nosso objetivo, a nossa esperança é que potenciem essas situações, o Algarve não seja apenas o sol e a praia, não seja apenas o litoral, seja complementar ao interior, isso pode fazer uma diferença como da noite para o dia.”  

Miguel CoelhoPresidente da Junta de Freguesia de Paderne referiu que “o território do interior de Paderne e do Barrocal estará a necessitar de um rejuvenescimento, esperamos que o Geoparque e a (UNESCO) assim o considere, venha a ser uma realidade para que mais economia venha para o interior. Temos um património cultural, ambiental e geológico muito interessante, o Castelo de Paderne, temos o nosso Moinho Velho a funcionar, espero que com esta candidatura aprovada, pessoas de todo o Mundo nos possam visitar e que haja mais economia e mais valor acrescentado para a nossa população

A Presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma realçou o facto de “três autarquias diferentes e de cor política diferente mostram à população que aqui não se trata de cores ou de áreas administrativas, trata-se sim de valorizar aquilo que nós temos e o interior que nós temos, porque temos muito para contar. Vamos começar a ouvir as gentes locais para que as mesmas possam contribuir, possam saber, possam envolver-se para compreender esta coisa que parece muito complexa a que se chama de Geoparque”. Temos estas três Câmaras e não queremos que haja aqui divisão territorial, mas sim um território no seu todo, queremos precisamente que se sinta e se transmita esse mesmo conhecimento a todos e no futuro aqueles que nos visitarão no âmbito do Geoparque.

Vítor Aleixo, Presidente da Câmara Municipal de Loulé, como mentor e impulsionador desta iniciativa, começou por afirmar que “para falar sobre o Geoparque estará aqui a Drª. Cristina Veiga Pires que é quem do ponto de vista científico orienta e organiza a estrutura dos três municípios envolvidos, nesta zona Central e interior do Algarve e onde estão envolvidos muitos técnicos dos três municípios. Não há Geoparque sem o envolvimento das pessoas têm que se envolver, as Escolas, as Associações, as Bandas filarmónicas, os Agentes de cultura, as pessoas mais simples com os seus saberes, tudo isso é trazido para um projeto único para mostrarmos ao Mundo a identidade única deste território, essa identidade assenta não só na geologia, mas assenta na paisagem, na cultura, nas nossas tradições. Este projeto engloba tudo aquilo que somos e aquilo que nos diferencia, todos somos chamados a dar o seu contributo, envolvam-se, neste projeto poderá bem ser aquilo que tirará o interior Algarvio da desertificação, e aproveitem para visitar a Exposição Itinerante.

De referir que, quer o Presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo bem como  a Presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma, reconheceram e agradeceram a iniciativa, que nasceu da vontade do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo.  

Após a freguesia de Paderne, onde a exposição ficará patente até 14 de fevereiro, segue para Ferreiras, onde ficará de 15 a 21 de fevereiro e por último, entre 22 de fevereiro e 3 de março, nos Paços do Concelho. Depois de Albufeira, a exposição segue para o concelho de Silves.