Foi tornado público que no âmbito do plano de desconfinamento o Governo pretende interditar a presença de público em dois grandes eventos de dimensão internacional que terão lugar, em Abril e Maio, no Autódromo Internacional do Algarve, respectivamente os Grandes Prémio de Portugal em MOTO GP e Fórmula 1.

Os deputados do PSD, Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos, eleitos pelo Algarve, entendem que “ tal determinação é incoerente com o facto de durante meses a empresa responsável da iniciativa - Parkalgar, S.A, - e a Direção Geral de Saúde, terem construído, em total sintonia, um exigente protocolo de segurança e salvaguarda da saúde pública, o qual, entre outros, subordinava a permissão de entrada à realização prévia de teste negativo à COVID-19, uma lotação reduzida e demais regras de distanciamento social.” A terem público estas provas - sempre em número bastante inferior ao que o autódromo comporta - estas iniciativas seriam as que maior rigor e exigência sanitária assegurariam em qualquer âmbito da vida social. Sem público, ao contrário dos outros grandes prémios a disputar neste período, e perante uma audiência televisiva que supera largamente as 100 milhões de pessoas, acrescidas dos muito milhões que se cruzam com essa informação em telejornais, jornais, rádios, internet, etc,  o resultado será, consideram os deputados, “projetar a imagem de um Algarve recluso, fechado pelo vírus, um país que ainda não está em retoma, nem pronto para acolher visitantes. Isso é muito prejudicial.”

Em Abril e Maio, num momento em que se prepara o Verão, em que os potenciais visitantes estão a proceder a reservas e a tomar as suas decisões em relação à época estival, esta é a imagem que o Algarve e Portugal não podem projetar. Atendendo a que a região do Algarve tem conseguido manter a pandemia controlada, com escasso número de casos, sem pressão desmesurada nos serviços de saúde, que as medidas sanitárias estão a postos, os deputados solicitam que o Governo reveja a decisão, sob pena da mesma acarretar claros prejuízos para o Algarve a para o país, os quais podem ser evitados sem colocar em risco a saúde pública.