por Luís José Pinguinha | Vice-presidente do Louletano | FUTEBOL | Acompanhando as jovens promessas do Louletano

Guilherme Lima, o herdeiro do trono da dinastia Kula

 

Nome: GuilhermeTeixeira Costa Lima “Kula”

Ano nascimento: 2008 (8 de outubro)

 

 

Os defensores do primado da hereditariedade sobre o meio na influência e formatação do ser, regozijam-se com estas situações. O menino Guilherme Lima, qual filho de peixe, evidencia uma apetência, diríamos que natural, para a posição de guarda-redes.

Na verdade, o pai do Gui, Nuno Lima, o Kula, um mítico guarda-redes ainda em atividade, possui um currículo futebolístico invejável. Federado pela primeira vez em 1990, Kula jogou os 14 anos seguintes no Louletano (desde as Escolas até ao 4º ano de sénior, inclusive), representou outros emblemas nos 5 anos seguintes, voltou ao Louletano onde esteve mais 4 épocas, tendo há 3 anos atrás saído novamente do Clube por incompatibilidade de horários com a vida profissional. Na presente época representa o Moncarapachense um dos mais fortes candidatos à subida ao Campeonato de Portugal.

Claro que é prematuro vaticinar a carreira de Gui Kula, quiçá prometedora como se anuncia, quando ainda é Traquina e, a par do seu colega Joel Lázaro, assume-se como o guardião do templo da equipa A do escalão. É que o Gui só faz 8 anos no sábado seguinte a esta edição da Voz de Loulé estar nas bancas (parabéns, miúdo!) …

Finalmente, sabe-se que Inevitáveis serão as comparações com o pai (e até com o tio, irmão do pai, o Herculano Lima “Kulinha” que também foi guarda-redes na camadas jovens do Louletano), mas o Gui denota possuir estofo para altos voos e, estamos seguros, o Nuno Lima esforçar-se-á, até como personal trainer, para que o filho o suplante e seja o melhor guarda-redes de sempre da dinastia Kula.

 

 

O FABULOSO DESTINO DO FUTEBOL NO FEMININO

(com Susana Alho, Sofia Nunes, Margarida Conceição e Carolina Dias e participação especial de Brígida Dias)

 

 

É um tema interessante que certamente merecerá uma análise sociológica aprofundada: a importância do Euro 2004 nas mulheres e o contributo destas no desenvolvimento do Futebol português. Na verdade, ou porque o processo da candidatura à organização da prova tenha sido uma engenhosa e feliz campanha de marketing (que, para além da surpreendente e massiva adesão à moda das bandeiras às janelas, teve o seu apogeu com o Logotipo Humano formado por 35.000 pessoas no Estádio do Jamor, impressionando o mundo do futebol) ou porque se sentia que Portugal tinha condições para conquistar o título ou, ainda, porque as lágrimas amargas do menino Cristiano Ronaldo após o jogo da final tenha evidenciado o lado mais humano do futebol, despertando fortes sentimentos empáticos, o que é certo é que após o Euro 2004 a relação das mulheres com o futebol nunca mais foi a mesma. Até porque, simultaneamente, os velhinhos, inestéticos e sujos pelados eram substituídos pelos novos, luxuosos e apelativos relvados sintéticos. E assim o futebol passou a estar socialmente in junto das mulheres que, hoje em dia, incentivam os filhos a praticá-lo, acompanhando jogos e treinos com um religioso fervor.

Graças a esta mudança de mentalidade, surgiram imensas escolas de futebol, o número de jogadores nos clubes aumentou, melhorando, por consequência, a qualidade dos mesmos.

E surgiram as jogadoras de futebol, um fenómeno em franca expansão no nosso país. E é perante este cenário que aproveitamos para referenciar aqui, neste espaço, as 4 jogadoras federadas que atualmente representam o Louletano Desportos Clube: Madalena Alho (Juvenis – 2000), Sofia Nunes (Juvenis – 2001), Margarida Conceição (Iniciados – 2002) e Catarina Dias (Traquinas A – 2008).

As 3 primeiras posaram para a foto com as duas medalhas de Campeãs Nacionais do Interassociações de sub-16 e sub-17 em Futebol 7 que conquistaram ao serviço da Seleção do Algarve. E, caros leitores, ou muito nos enganamos ou algumas delas atingirão, a curto prazo, o estatuto de internacionais. Fazemos força por isso, com também o fazemos para que a arreliadora lesão que Margarida contraiu na Seleção passe à história. É que as saudades do entusiasmante futebol da Margarida são (mesmo) muitas.

Na outra foto apensa a estas linhas, pode-se observar a Carolina Dias, ainda com 8 anos, acompanhada pela mãe, Brígida Dias de seu nome e dirigente do Louletano DC afeta ao Departamento de Futebol de Formação. São as mulheres no futebol. E, com isso, o futebol só tem a ganhar.