Terminou na noite de domingo, 03 de novembro, o Convívio Fraterno 1461, promovido pelo Movimento dos Convívios Fraternos (MCF) da Diocese do Algarve.
A iniciativa para jovens maiores de 17 anos, promovida e dinamizada pela equipa diocesana do MCF, teve início no passado dia 31 de outubro e terminou já na madrugada desta segunda-feira no complexo paroquial das Ferreiras, depois de três dias vividos na Casa de Retiros de São Lourenço do Palmeiral.
O encontro, que procurou ajudar no primeiro apelo à fé, contou com 16 participantes oriundos das paróquias de Albufeira, Ferreiras, matriz de Portimão, Pêra, São Bartolomeu de Messines, São Brás, São Luís de Faro, Silves e do vicariato da Pedra Mourinha (Portimão).
No encerramento, o assistente espiritual do MCF, para resumir aquilo que aconteceu, começou por falar em “alegria, entusiasmo e vidas que se deixam transformar”. “Alguns chegaram sem expetativas, outros completamente fechados, mas chegam ao fim deste Convívio Fraterno e percebem que, com Jesus e abraçados em Igreja, vale a pena abrir o nosso coração a Deus, deixar que Ele entre e nos transforme”, contou o padre António de Freitas.
Dirigindo-se aos novos convivas, o sacerdote advertiu-os de que “aquilo que aconteceu nestes três dias é apenas o pontapé de saída”. “Há muita coisa a trabalhar interiormente, mas sobretudo este desejo grande que vocês têm de conhecer sempre melhor Jesus e de encontrar sempre n’Ele a resposta para muitas inquietações e perguntas da vossa vida”, concretizou.
“Cristo conta com vocês para, a partir daquilo que viveram, conseguirem fazer chegar o amor de Jesus que vos transformou ao coração e tantos jovens que precisam dele, ao coração de alguns familiares vossos que precisam dele, ao coração muitos cristãos das nossas comunidades que também precisam do entusiasmo e da alegria de Cristo a partir do vosso entusiasmo e da vossa alegria. Contem sempre com Cristo porque ele vos amará sempre e que Ele possa contar com cada um de vós para fazer chegar o amor dele ao coração de tantos que d’Ele precisam”, acrescentou.
Já com a experiência de acompanhamento de alguns Convívios Fraternos, o padre António de Freitas constatou que “a catequese doutrinal não chega” para levar os jovens a um encontro com “Cristo vivo”. “Apercebemo-nos disto quando chegam ao Convívio Fraterno e alguns dizem: «Foi preciso chegar aqui, ao fim de 10/11 anos de catequese, para perceber que Deus me ama como eu sou? Para perceber o que é que o encontro pessoal com Jesus?»”, testemunhou, evidenciando a necessidade de a Igreja continuar a refletir sobre a forma de ajudar crianças, adolescentes e jovens a “fazer este caminho de encontro com Jesus” e não “com uma doutrina, nem com uma ideia”.
“Temos de ajudá-los a compreender que Cristo está vivo e que nos ama como somos e que acolhe todos, todos, todos, mesmo que, às vezes, alguns se apressem a logo a dizer que não é tudo, tudo, tudo. É claro que acolhe tudo, tudo, tudo. Tudo o que somos, tudo o que temos, tudo aquilo que faz parte do nosso viver. Porque só acolhendo é que pode ajudar a transformar e a mudar. Por isso, acolhamos estes e tantos jovens das nossas comunidades como eles são, com tudo aquilo que eles são e com tudo aquilo que eles têm. Famílias acolham os vossos filhos como eles vos chegam a casa. E se vos parecer estranho deixem-se entusiasmar pela estranha alegria que eles agora podem levar para cada uma das vossas casas”, pediu.
 
 
Folha do Domingo