Ana Martins, vereadora do Município de Lagoa, responsável pelos pelouros da Educação e Cultura, entre outros, deu início ao colóquio sublinhando que “Criar (na) Cidade”, apela a uma relação mais aprofundada entre as Artes e a Educação para encontrar caminhos e respostas adequadas à construção de Cidade Educadora.
Carlos Fortuna, autor do texto de abertura da edição portuguesa da obra “Direito à Cidade”; Marta Galvão Lucas, artista e coeditora do livro; e Susana Mourão, técnica de reabilitação urbana, começaram por apresentar as suas leituras atualizadas da proposta do sociólogo e filósofo francês, Henry Lefebvre, autor desta obra.
Fortuna, o reputado sociólogo português, sublinhou a impressionante atualidade do desafio lançado há 50 anos por Lefebvre. Mas foi a necessidade de participação dos habitantes da cidade na sua construção, ainda mais evidente no caso das cidades educadoras, a nota dominante da reflexão, muito participada pelos presentes ao longo de duas horas e meia.
Entre os participantes incluíram-se responsáveis políticos, técnicos e académicos de áreas tão diversas como as do planeamento, urbanismo, arquitetura, história e património, intervenção social e psicossocial, entre outras. A grande maioria dos comentários, perguntas e reflexões apontaram para a participação pública e para as formas de a promover nos territórios locais, como estrutura da condição urbana desejada.
O debate sobre a construção de cidades cada vez mais educadoras vai continuar com a participação do Município, quer no XV Congresso Internacional de Cidades Educadoras, a realizar entre 13 e 16 de novembro, em Cascais, quer no IV Fórum Regional das Redes Autárquicas Participativas, que terá lugar em Lagoa a 20 de novembro próximo.
Por: Município de Lagoa