Segundo Marta Correia, responsável pela associação de defesa dos animais PRAVI.org, que convocou o protesto, existem cerca de 30 animais com sinais de subnutrição numa exploração no concelho de Lagoa, situação que se arrasta há mais de uma década, sem que nenhuma autoridade fosse capaz de resolver.
A coordenadora regional daquele organismo referiu que na sexta-feira foi retirado pela GNR um dos animais, entregue depois a um fiel depositário, mas lamentou que a medida não se tenha estendido aos restantes animais, apesar das sucessivas queixas da população e do potencial risco para a saúde pública.
"Apesar de a Câmara de Lagoa se demarcar de responsabilidades relativamente a este caso e tentar empurrar a sua resolução para a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), sabemos que a autarquia também tem competência na matéria", disse, em declarações à Lusa, à margem do protesto.
Marta Correia lamenta ainda que pouco ou nada seja feito em termos de fiscalização, uma vez que se trata de “uma conduta ilícita, reiterada, consciente, culposa e ininterrupta do proprietário”, que deveria ser alvo de coimas ou sanções.
De acordo com a ativista dos direitos dos animais e também advogada, são cerca de 30, os animais que “apresentam sinais de subnutrição, e que permanecem, num terreno privado, ao sol dias consecutivos, sem água e sem comida, numa clara violação dos direitos dos animais”.
Marta Correia frisou que será apresentada uma queixa à Comissão Europeia, dada a violação das normas mínimas estabelecidas de proteção dos animais nas explorações pecuárias.
Por: Lusa