Exigir respostas e uma formação de qualidade durante os anos de especialização médica no Algarve foram alguns dos conselhos que os médicos internos, que iniciaram este mês o Internato Médico na Região, receberam na sessão de receção e de boas vindas,...

organizada pelo Conselho Distrital do Algarve da Ordem dos Médicos do Algarve, no dia 26 de janeiro, nas instalações da Ordem do Médicos em Faro, tendo contado com a presença do cessante Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. José Manuel Silva, do Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Dr. Moura Reis, do Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, Dr. Joaquim Ramalho, e do Presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Médicos, Dr. Ulisses Brito.

Dirigindo-se aos internos do ano comum e aos médicos internos das diversas especialidades hospitalares e da especialidade de Medicina Geral e Familiar que se encontram a realizar o internato nas unidades dos cuidados de saúde primários e hospitalares da Região, Dr. Moura Reis destacou a importância de terem escolhido o Algarve «para adquirirem mais conhecimentos na área médica», deixando a garantia de que vão encontrar «bons formadores e orientadores» disponíveis para os apoiar e acompanhar no seu percurso formativo. A terminar, o Presidente da ARS Algarve, mostrou-se convicto de que uma boa integração no decorrer do internato funcionará como um incentivo para que no final se fixem e continuem a trabalhar na região e no Serviço Nacional de Saúde.

Por seu lado, Dr. Joaquim Ramalho sublinhou a «missão» que o CHA desempenha no que diz respeito à formação dos internos, reforçando a importância de «recuperar a idoneidade formativa» em mais serviços hospitalares, no sentido de «aumentar a oferta formativa» e «reforçar as equipas», no sentido de «garantir uma maior qualidade dos cuidados de saúde».

«Vieram para o paraíso» e «a vossa vinda (para o Algarve) é uma força que pode vir a repor uma esperança para o Centro Hospitalar do Algarve», foram as palavras dirigidas aos internos pelo Dr. José Manuel Silva, que sublinhou a importância de exigir respostas durante o tempo de formação, dos formadores e dos dirigentes, para «prestar a melhor assistência médica possível».

De referir que este mês de janeiro iniciaram o internato médico na Região de Saúde do Algarve um total de 156 Médicos Internos, dos quais, 18 são Médicos Internos de Medicina Geral e Familiar, 36 são Médicos Internos de diversas especialidades hospitalares, 2 de Saúde Pública e 100 são Médicos Internos do Ano Comum.

Dos internos de Medicina Geral e Familiar colocados nos três Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Região do Algarve, 12 estão no ACES Central, três no ACES Barlavento e três no ACES Sotavento. Em relação aos internos de Saúde Pública, um está no ACES Sotavento e outro no ACES Barlavento.

No que respeita aos 36 médicos Internos das especialidades hospitalares que se encontram nas unidades do Centro Hospitalar do Algarve, são das seguintes especialidades: Anatomia Patológica (1), Anestesiologia (2), Cardiologia (1), Gastrenterologia (1), Ginecologia/Obstetrícia (1) Medicina Física e de Reabilitação (2), Medicina Intensiva (2), Medicina Interna (10), Nefrologia (1), Neurologia (1), Oncologia Médica (3), Patologia Clínica (2), Pediatria Médica (2), Pneumologia (1), Psiquiatria (3), Radiologia (2), Urologia (1).

Além dos médicos internos de especialidade, a Região recebeu ainda 100 médicos internos do Ano Comum, para estágios nos Serviços de Saúde da Região. Para estes Internos, do denominado Ano Comum, constitui-se como o primeiro ano de trabalho na profissão, no País, sendo que a grande maioria terminou o Curso de Medicina no último ano letivo. Apesar de praticarem uma medicina tutelada e ainda sem autonomia técnica, constituem uma forte aposta no futuro, visto que uma experiência de trabalho positiva, bem como uma boa integração social na Região, serão fatores de influência na escolha posterior de uma vaga para o Internato de especialidade nos Serviços do SNS da Região.

Comparativamente com o ano passado (149 internos) verifica-se um aumento do número total de internos a escolherem o Algarve para realizar o internato, tanto nos cuidados de saúde primários como nos cuidados de saúde hospitalar, o que poderá contribuir para ajudar a fixar no futuro próximo mais profissionais médicos na Região do Algarve.

 

Por: SNS