Tendo nascido em Inglaterra e crescido em Moçambique, iniciou a sua carreira profissional cedo, no Rádio Clube Português, tomando contacto com uma geração de jornalistas que, a partir desta emissora, revolucionou o modo de informar e formou gerações e gerações de jornalistas, entre os quais o próprio Artur Albarran.
Depois de algumas experiências no estrangeiro, incluindo um período em que passou pela BBC e pela ITV, regressou a Portugal, ingressando na RTP, onde fez parte da equipa fundadora de um dos mais conceituados programas do jornalismo em Portugal, “Grande Reportagem”, junto com José Manuel Barata-Feyo, Joaquim Furtado e Miguel Sousa Tavares.
Do seu vasto trabalho como jornalista, merece especial destaque o seu papel de enviado especial na Guerra do Golfo e na Somália, onde, no seu labor de jornalista de guerra, desenvolveu um estilo muito próprio e próximo de reportagem, que o tornou um dos mais conhecidos jornalistas da época. Na sua passagem pela televisão pública foi ainda chefe de redação da RTP1 e da RTP2. No seu percurso pelo jornalismo, realça-se também o seu trabalho na criação do Século Ilustrado, jornal do qual foi diretor.
Pioneiro na televisão privada, foi uma figura central da informação na TVI e, mais tarde, apresentou diversos programas de entretenimento na SIC, como “A Cadeira do Poder” ou “Imagens Reais”, num estilo sempre único e imediatamente reconhecível, que o ajudou a desenvolver uma relação de significativa proximidade com o público português.
À família e amigos enviam-se sentidas condolências.