Foi tornada pública a transformação do Centro Hospitalar do Algarve em Centro Hospitalar Universitário do Algarve.

Não é descabido fazer notar que quem criticou de forma tão veemente a constituição do CHA por defender a autonomia de cada estrutura Hospitalar tenha procedido a uma reorganização do modelo institucional que para além dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos, os vários Serviços de Urgência Básica, junta agora também o CMRSUL. Do grande passou-se ao enorme.


A par desta mudança, está anunciada a substituição da atual administração, a qual cometeu erros, é certo, mas a quem não pode ser imputada a exclusiva responsabilidade pelos resultados mais negativos de sempre nos hospitais do Algarve que se registaram em 2016. Pelo contrário, este Governo não tomou as medidas indispensáveis para melhorar a oferta assistencial na região - sempre em défice há longos anos -, fosse para fixar médicos, fosse para elevar níveis de investimento, fosse para diminuir filas de espera ou evitar um aumento exponencial do custo do SNS no recurso a privados. Além do mais, a parte que melhor funcionava, as urgências, estão a registar falhas clamorosas que colocam em causa o socorro das populações. Hoje, lacunas nas urgências de pediatria, anestesiologia, cirurgia, dermatologia, etc, são mais comuns do que alguma vez foram. A saúde no Algarve, num tempo que se diz não ser de austeridade, está pior do que antes.

O PSD Algarve entende que muitas destas matérias apenas encontrarão solução no quadro legislativo e não serão debeladas por qualquer administração. Espera-se, por isso, que o Governo faça jus às palavras do Sr. Ministro da Saúde quando, em março de 2016, se comprometeu a que os principais problemas da saúde na região seriam solucionados no prazo de três meses e desafiou os presentes a que cobrassem essas palavras. É o que estamos a fazer.

 

Por: PDS Algarve