O Envelhecimento Ativo aparenta ser uma combinação de termos simplista, que qualquer um de nós se lembraria de criar, mas é na verdade um conceito multidisciplinar e progressista criado pela OMS para responder aos desafios relacionados com a longevidade e envelhecimento.
Certamente que algum colega meu o alertou para os benefícios da atividade física (AF), visto que, quase 5 milhões de mortes/ano seriam evitáveis se a população global fosse fisicamente mais ativa. Em Portugal, os estudos apontam para uma redução da AF em idades > 65 anos, sendo o sedentarismo, popularmente conhecido como “a arte de estar parado”, mais acentuado no Alentejo e Algarve.
A comunidade científica tem demonstrado que o exercício favorece os adultos mais velhos. Os mais ativos relatam melhores índices de saúde com menos gastos, em relação aos seus colegas sedentários. A AF reduz a mortalidade, auxilia o controlo de doenças crónicas e reduz o risco de diabetes, hipertensão arterial, obesidade, cancro do intestino e mama, osteoporose, quedas, entre outras.
Já os riscos da AF não superam os benefícios na população > 65 anos saudável. Mas, alguns indivíduos com problemas de saúde já conhecidos, que a pretendam programar com segurança, poderão e devê-lo-ão fazer, recorrendo a profissionais de saúde ou de desporto.
Tenha presente que a AF, seja ela limpar a casa, apanhar alfarrobas ou caminhar 30 minutos no calçadão em Quarteira são formas de contrariar a progressão de algumas doenças, podendo até atrasar ou evitar o uso de medicamentos.
Seja activo no seu envelhecimento e contribua para se manter funcional e autónomo até idades tardias. Fazer alguma AF é melhor que estar parado. Esclareça-se com o seu Médico de Família!
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