Nas semanas quentes desse longínquo Verão de há quase 30 anos, os visitantes diários eram na ordem das centenas.
Hoje, em 2020, parece que voltámos às origens: na segunda quinzena de Junho, a média dos visitantes diários rondou os 400 (muito, mesmo muito abaixo da nova lotação máxima). Naturalmente, muito mudou, em três décadas...
A nossa família zoológica passou de 120 para 1’600 animais. As atrações cresceram e diversificaram-se.
Nasceram as piscinas, a praia de ondas, os escorregas, o maior rio lento da Europa continental. O Zoomarine ganhou inúmeros prémios nacionais e internacionais (incluindo, ano após ano, de melhor parque/empresa de animação turística de Portugal) e obteve o selo “Clean & Safe” (que atesta total segurança para quem nos visita e para quem trabalha no parque).
No espaço desta geração, nasceram-nos centenas de bebés (humanos e não humanos)… E a equipa do Zoomarine cresceu de 200 para quase 500 profissionais.
E, claro, também cresceu o nosso espaço: em 1991, o Zoomarine começou com 07 hectares – e nos dias que correm são já cerca de 30 hectares.
No entanto, e em poucas semanas, muito mudou – e tanto mudou que parece que voltámos ao início, que voltámos a 1991, um ano em que, num dia normal, havia mais colaboradores do que visitantes dentro do Zoomarine.
E nessa altura, tal como hoje, não há britânicos...
Hoje em dia, não há qualquer fila, não existem multidões no Zoomarine e, entre estacionar, entrar no parque e desfrutar, não há qualquer demora, porque bastam 02 minutos.
Hoje, o Zoomarine está muitíssimo maior e mais amplo, muitíssimo mais diverso e ainda mais seguro – mas nestes tempos de Covid-19, os nossos anfiteatros recebem cerca de 05% das visitas para os quais foram idealizados, enquanto todos sentimos que o Mundo mudou para pior e está mais cinzento.
Mudou o Mundo e mudou o Zoomarine…
E por isso é bom saber que ainda há algumas coisas importantes que não mudam – e não obstante o Zoomarine estar muito mais vazio do que acreditaríamos ser possível, as nossas emoções são as mesmas, a nossa motivação está mais forte que nunca e as alegrias (há tantos meses injustamente adiadas…) continuam a estar bem perto de nós – basta vir pacificar as saudades e recordar os tempos e os locais onde sabemos que ainda é possível sermos felizes.
Por: Zoomarine