Por: Marisa Alves Médica Interna na Unidade de Saúde Familiar (USF) Lauroé Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade do Algarve.

A obesidade é definida como o excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízo à saúde. É considerada quando o Índice de Massa Corporal de um indivíduo é  30kg/m2. Esta doença é multifatorial, causada pela ingestão de calorias, sobretudo, em forma de açúcares e gorduras, em maior quantidade do que aquelas que são necessárias ao nosso funcionamento, coexistindo, paralelamente, fatores genéticos, que podem influenciar a taxa metabólica de cada indivíduo e, assim, tornar a perda de peso mais difícil. Esta doença é considerada pela OMS como a pandemia do século XXI, no entanto, ainda não é abordada como uma patologia grave, apesar de estar associada a inúmeros problemas de saúde e com elevado impacto na qualidade de vida.

Atualmente, cerca de 2,5 milhões de adultos em Portugal (uma prevalência na ordem dos 28,7%) é considerada obesa. Para além disso, se falarmos de excesso de peso (pré-obesidade e obesidade), este problema atinge 67,6% dos adultos, ou seja, mais de metade dos portugueses, atingindo também as faixas etárias mais jovens, pelo que esta doença é considerada um problema de saúde pública muito significativo. As pessoas com obesidade têm um risco acrescido para o aparecimento de outros problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares, enfarte agudo do miocárdio e diversos tipos de cancro, estando ainda relacionada com problemas respiratórios e articulares.  

Assim tento em conta a enorme dimensão deste problema de saúde, urge a necessidade de apostarmos na prevenção através de uma alimentação saudável acompanhado pela prática de exercício físico e monitorização atempada e regular desta doença porque o futuro faz-se no presente.

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