Cai a folha no Outono
Na sua idade madura
Desprende-se do ramo distante
Caindo em direcção à terra dura
P'lo ar dançando em piruetas
Deixa no éter um desenho
Feito da imaginação dos poetas
Que a descrevem em castanho…
De laços é feita a Amizade
Que se ata e desata
Em ocasos do destino
Quando a saudade nos mata…
A queda é o momento anunciado
Quando a vida chega ao fim
Ao encontro do adeus
Que chama a folha por fim...
Agora chega o Outono
Cheio de recordação
Compram-se as castanhas na rua
Próprias desta estação
O cheiro a lenha queimada
Que sai pela chaminé
Desse fogareiro que arde
Consumido pela paixão
De ser chama, chama ardente
Que chama agora ardentemente
Chamando pela outonal
Contemplação...!