Continua a degradação do Serviço Nacional de Saúde na região, com novos encerramentos do serviço de Obstetrícia e o bloco de partos do Hospital de Portimão, desta vez por longos períodos de tempo (em Agosto pode chegar a mais de 15 dias)
A situação arrasta-se sem que o governo PSD/CDS apresente qualquer solução no sentido de resolver o gravíssimo problema, aliás a estratégia tem sido em criar a ilusão de que está a enfrentar os problemas que afectam o Serviço Público manifestando preocupação, sacudindo responsabilidades e apresentando medidas que não são eficazes ou são desajustadas no tempo urgente que é preciso responder.
 
Quem continua a ficar prejudicadas são as crianças e mães, que assim se vêm perante profundos retrocessos nos seus direitos e numa situação de enorme insegurança e aflição. O momento do parto e a sua assistência devem ser o mais tranquilos, seguros e com a maior qualidade possível, para isso é necessário existirem as melhores condições mas também serviços públicos que transmitem confiança.
 
Caso recente que demonstra todo este inqualificável quadro que se vive no Algarve foi o nascimento esta semana de um bebé numa ambulância a caminho de Faro, sendo que a origem do transporte foi precisamente o concelho de Portimão, que foram obrigados a fazer 70 quilómetros devido ao encerramento da maternidade do Hospital de Portimão.
 
A questão que se coloca hoje aos utentes e aos profissionais de saúde é travar este ciclo de enfraquecimento e degradação do SNS e com a sua luta impedir que se continue a transferir milhões de euros para os grupos económicos privados da saúde em vez de serem utilizados no necessário reforço e valorização do serviço público.
O PCP esteve, mais uma vez, presente e a manifestar solidariedade aos enfermeiros algarvios, que estão em de greve hoje e amanhã (22 e 23 Agosto) e que através do seu sindicato de classe o SEP – Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, realizaram uma acção no Hospital de Faro de denúncia da falta de 1000 enfermeiros na região e de exigência de melhores condições de trabalho, remuneratórias, de horários e de soluções para o SNS.
 
Por: PCP