A Rede de Referenciação Hospitalar de Cardiologia, aprovada por despacho do Ministro da Saúde de 2 de novembro de 2015, não contempla a criação de um Serviço de Cirurgia Cardiotorácica no Centro Hospitalar do Algarve. O centro mais próximo encontra-se em Lisboa, a 300 quilómetros de distância.

O Centro Hospitalar do Algarve faz parte da rede de referenciação no tratamento do enfarte agudo do miocárdio, recebendo doentes de todo o Algarve e dos concelhos limítrofes do Baixo Alentejo. É o ponto de referenciação mais importante do sul do país, com o maior número de angioplastias primárias por milhão de habitantes. O Algarve, com uma população de 450 mil habitantes, que nos meses de verão triplica, encaminha mais de 500 doentes por ano para Cirurgia Cardiotorácica.

Assim, o Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio dos deputados Paulo Sá e Carla Cruz, dirigiu ao Ministro da Saúde as seguintes perguntas:

1.      Por que motivo a Rede de Referenciação Hospitalar de Cardiologia, aprovada recentemente, não contemplou a criação de um Serviço de Cirurgia Cardiotorácica no Centro Hospitalar do Algarve?

2.      Confirma o Governo que o Algarve encaminha mais de 500 doentes por ano para Cirurgia Cardiotorácica? Tal número de doentes justificaria a criação de um Serviço de Cirurgia Cardiotorácica no Centro Hospitalar do Algarve?

3.      Tendo em conta que o Serviço de Cirurgia Cardiotorácica mais próximo se encontra em Lisboa, a 300 quilómetros de distância, como é que, em situações de emergência, se garante uma assistência adequada aos doentes do Algarve e também do Baixo Alentejo? A ausência de um Serviço de Cirurgia Cardiotorácica no Centro Hospitalar do Algarve já teve como consequência a morte de doentes das regiões do Algarve e do Baixo Alentejo por falta de intervenção cirúrgica atempada?

 

Por GP PCP