O Bloco de Esquerda Algarve realiza em Loulé na próxima sexta-feira, dia 17 de novembro, a sessão pública «Que Orçamento de Estado e qual a sua incidência no Algarve?», com o objetivo de trazer para junto das populações o debate do OE 2018. A iniciativa tem lugar na sala da Assembleia Municipal de Loulé e conta com a participação do deputado Pedro Filipe Soares.

Contrariando orientações das instituições europeias e recuperando os rendimentos do trabalho, foi possível iniciar-se a recuperação da economia e do emprego em Portugal, e a um ritmo superior à média da zona euro. São desta forma completamente desmentidos os anúncios a um desastre resultante da subida do salário mínimo nacional, do descongelamento de pensões ou do fim dos cortes inconstitucionais nos salários e nas pensões. Provou-se acertada a determinação do Bloco de Esquerda para a recuperação de rendimentos do trabalho e na imposição de metas concretas para essa recuperação no acordo estabelecido com o PS. Demonstrou-se ainda que o reforço das pensões e dos apoios sociais foi mais do que compensado pela criação de emprego e o consequente aumento das contribuições para a Segurança Social.

O Orçamento de Estado para 2018 é um instrumento importante para o aprofundamento da recuperação do país na segunda metade da legislatura, e o documento apresentado pelo Governo, agora em debate na especialidade, reflete as negociações que o Bloco manteve com o Governo, mas ainda não tem garantidas prioridade fundamentais que respondam pelos objetivos do acordo (com o Governo) ainda por cumprir e pelas áreas onde é maior o atraso da ação governativa.

Das medidas do OE 2018 já anunciadas pelo Governo, e que se traduzem em investimento público, nenhuma é dirigida à região do Algarve: inexistência de qualquer dotação para a construção dum hospital central; a requalificação total da EN 125 continua a ser uma miragem, e não se vislumbra o levantamento dos porticos na Via do Infante/A22; não é prevista qualquer requalificação da via férrea algarvia e construção de novas ligações, entre as quais ao aeroporto de Faro; setores que ainda dinamizam a economia regional, como a pesca, são completamente obliterados do mapa de investimento do Estado.