Com o ritmo de vida que levamos, sempre à máxima velocidade e a pensar em tudo menos no presente, é fácil esquecermo-nos de coisas simples como a lancheira em casa. Pode ser aborrecido, mas não é tão grave como deixar um ovo a estrelar na frigideira - ato que, mais do que um esquecimento, representa um perigo para toda a família, podendo mesmo despoletar um pequeno incêndio doméstico.
Tal como devemos ter uma casa arrumada para “viver uma vida feliz e harmoniosa” e livre de stress, como referiu Cuca Pinto Abreu, fundadora do projeto “Eu Arrumo”, anteriormente ao idealista, é essencial ter uma casa segura que nos livre de medos do que possa acontecer quando estamos ausentes.
Pequenos incêndios em casa podem acontecer, mas com menos frequência se forem evitados, como diz o ditado: "Mais vale prevenir, do que remediar". Apresentamos cinco erros e cinco soluções para prevenir e saber como agir em caso de incêndio.
Incêndios em casa: como evitar?
São pequenos detalhes diários que podem fazer toda a diferença. No entanto, sabemos que no meio de uma casa agitada, principalmente quem tem a presença dos mais novos a correr de um lado para o outro, pode ser difícil manter o foco e atenção necessária em todas as ações que estamos a executar.
Para evitar situações de risco, damos-te cinco dicas para que possas manter longe o cenário de um incêndio em casa.
Ter atenção à desinfeção da casa
A pandemia trouxe-nos novos hábitos de limpeza, sendo um deles o uso constante de álcool etílico e álcool gel. Há quem já tenha deixado essas preocupações, mas outros preferem manter todos os cuidados, mesmo dentro de casa.
No entanto, é preciso ter atenção porque o álcool é inflamatório e poder provocar umincêndio em casa. Assim, em vez de álcool puro, o melhor será usar uma solução própria para a limpeza.
“Os rótulos contêm instruções para um uso seguro e eficaz do produto de limpeza, incluindo cuidados na aplicação, como usar luvas, quando necessário, e garantir uma boa ventilação durante o uso”, refere a Deco Proteste.
Não deixar o fogão ligado sem vigilância
Poderás estar a pensar: “Mas quem é que deixa o fogão ligado?”. Bem, na verdade, pode acontecer a qualquer um: o dia que não correu como o esperado, os miúdos a chamar constantemente ou, até mesmo, para quem vive “em modo automático”. A verdade é que deixar o fogão ligado sem vigilância, não é assim tão incomum.
Deixar o fogão ligado não só representa um gasto adicional de gás, como um perigo de incêndio, principalmente se envolver gordura (razão essencial para ter o fogão sempre limpo). No caso de pequenas chamas começarem a proliferar numa frigideira, há três regras da Deco Proteste a reter:
- Não tentar apagar com água (o mesmo aplica-se a incêndios com substâncias gordas, como solventes, gasolina ou óleo combustível);
- Abafar com uma tampa ou pano húmido;
- Se usares um cobertor húmido ou anti fogo para cobrir as chamas, deves fazê-lo delicadamente e não atirar a manta para cima da frigideira;
- Avisar sempre os bombeiros (112).
Ter um extintor é essencial
O risco de ter um curto-circuito hoje em dia é mais elevado, dado que temos a casa cheia de equipamentos elétricos e, por conseguinte, as tomadas sobrecarregadas. A primeira dica é, por isso, apostar em extensões elétricas de alta qualidade e competência suficiente para toda a energia que têm de fornecer.
Quanto aos equipamentos devem ser colocados em superfícies planas e distantes de materiais potencialmente inflamáveis.
Contudo, os acidentes acontecem na mesma e no caso de não ser possível evitar um curto-circuito, mais uma vez não deves tentar combater o fogo com água. Opta por um extintor de incêndio.
Como escolher? “Tendo por base o risco a proteger, cuja avaliação deve ter em consideração o tipo e quantidade de material combustível existente no local”, indica a Associação Portuguesa de Segurança (APSEI). Os modelos vão da classe A à F e para cada tipo de materiais que podem potenciar um incêndio há um extintor recomendado pela associação.
Velas sim, mas detetores de fumo também
As velas podem ser bastante harmoniosas, mas também perigosas. Uma vela acesa junto de um cortinado ou junto de materiais inflamáveis, como os detergentes da cozinha, traduz-se num risco de incêndio que, primeiramente, pode ser evitado ao acender essa vela num local seguro e sempre com vigilância.
No entanto, um distração por alguns segundos, em que foste, por exemplo, ver como está o jantar para que se propague um pequeno incêndio em casa. Para travar essa situação o ideal é ter detetores de fumo que te avisam de situações de perigo.
Podes colocar um detetor de fumo em várias divisões da casa, mas nesse caso, esta pode ser uma solução dispendiosa. Se tiveres de optar por uma zona preferencial, deves escolher o corredor ou a zona da escada e, no caso de uma casa com vários pisos, deves colocar um detetor em cada nível.
Apostar em revestimentos anti-incêndio
Caso estejas a pensar mudar de casa ou já nesse processo, uma forma de precaver pequenos fogos é colocar revestimentos anti-incêndio. Existem vários tipos — desde tintas intumescentes a mantas fibrosas resistentes ao fogo — e o objetivo é que funcionem como uma barreira contra a propagação das chamas.
A Associação Portuguesa de Segurança (APSEI) dá a conhecer todos os tipos de revestimentos e também como deve ser feita a manutenção: anualmente e por entidades registadas na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Por: Idealista