O triunfo do Portimonense ficou decidido com o tento apontado pelo médio brasileiro, aos 80 minutos, permitindo à formação orientada por Paulo Sérgio igualar pontualmente o rival de hoje.
Marítimo e Portimonense terminaram a edição de 2021/22 da I Liga com 38 pontos, tal como Paços de Ferreira e Boavista, com os madeirenses a ocuparem o nono posto e os algarvios o 12.º, ambos ainda ao alcance de Famalicão, que soma 36 e recebe o Sporting de Braga, no domingo.
Futebol: I Liga/ Marítimo – Portimonense (ficha)
O Portimonense venceu hoje o Marítimo por 1-0, em jogo da 34.ª e última jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Funchal.
Jogo no Estádio do Marítimo, no Funchal.
Marítimo – Portimonense, 0-1.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores:
0-1, Ewerton, 80 minutos.
Equipas:
- Marítimo: Miguel Silva, Clésio Baúque, Zainadine, Leo Andrade, Vítor Costa (Bruno Xadas, 90), Iván Rossi, Beltrame (Pelágio, 90), Guitane (Alipour, 74), André Vidigal (Henrique, 59), Edgar Costa (Miguel Sousa, 59) e Joel.
(Suplentes: Paulo Victor, Moisés Mosquera, Alipour, Diogo Mendes, Bruno Xadas, Miguel Sousa, China e Pelágio).
Treinador: Vasco Seabra (substituído no banco por Nuno Diogo, devido a castigo).
- Portimonense: Kosuke Nakamura, Moufi (Dacosta, 68), Pedrão, Willyan Rocha, Relvas, Ewerton (Luquinha, 90+2), Henrique Jocu, Nakajima (Ricardo Matos, 90+2), Ângulo (Pedro Sá, 90+2), Lazaar (Fabrício, 57) e Welinton Júnior.
(Suplentes: Payam, Fabrício, Anderson Oliveira, Ricardo Matos, Luquinha, Pedro Sá, Dacosta, Paulo Estrela e Bruno Reis).
Treinador: Paulo Sérgio.
Árbitro: Vítor Ferreira (AF Braga).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Moufi (9), Leo Andrade (15), Relvas (39), Guitane (45) e Alipour (84).
Assistência de cerca de 3.000 espetadores.
COMENTÁRIO: Portimonense vence Marítimo na despedida da época 2021/22
O Portimonense venceu hoje o Marítimo, por 1-0, em partida da última jornada da I Liga portuguesa de futebol, com um golo de Ewerton na ponta final do encontro.
O Portimonense fechou a época da melhor maneira, ao vencer o Marítimo com um golo tardio de Ewerton, aos 80 minutos, permitindo que o conjunto algarvio subisse uma posição na tabela, terminando em 12.º lugar com 38 pontos.
O Marítimo manteve o nono lugar, encerrando a época com os mesmos pontos dos algarvios, do Paços de Ferreira e do Boavista. Apesar do desaire, o plantel madeirense foi fortemente aplaudido pelos adeptos presentes no estádio.
Para o último encontro da temporada, o conjunto madeirense apresentou-se em campo com uma alteração em relação ao empate frente ao Vizela (1-1), com Leo Andrade a preencher a vaga deixada pelo lesionado Matheus Costa no eixo defensivo.
Os ‘verde rubros’ não puderam contar com a presença de Vasco Seabra no banco de suplentes, estando o técnico de 38 anos a cumprir uma suspensão de 11 dias, após ter sido expulso na última ronda.
Por sua vez, Paulo Sérgio realizou três ‘mexidas’ em comparação com a derrota diante do Sporting, por 2-1, dando um voto de confiança ao guarda-redes Nakamura, que cumpriu no Funchal o seu segundo jogo na I Liga, em vez do habitual Samuel. Após uma suspensão de três jogos, Willyan Rocha regressou ao ‘onze’ em detrimento de Dacosta e Ewerton assumiu o lugar do lesionado Carlinhos.
Na partida da última jornada, o Marítimo protagonizou um momento simbólico para homenagear Arnaldo Freitas, que se despede da função de massagista ao fim de 32 anos ao serviço dos ‘leões do Almirante Reis’, mas são 50 o número de anos que o ligam ao clube madeirense, tendo integrado a equipa que subiu pela primeira vez à I Divisão em 1977. Pela mão do capitão Edgar Costa, Arnaldo Freitas deu, simbolicamente, o pontapé de saída para o entro.
Apesar da tranquilidade que reinava nas contas das duas formações que já tinham assegurado a presença na próxima edição da competição, a primeira parte foi intensa e muito marcada pelas várias interrupções devido a faltas.
As primeiras situações de perigo foram orquestradas pela equipa da casa, superior no início do embate, com Beltrame, aos 19 minutos, num movimento de ‘meia lua’ a tirar Relvas do caminho, mas o remate saiu a rasar a barra. Já aos 28, o destaque vai para o brilhante trabalho de Guitane que isolou Joel, tendo o avançado camaronês sido ‘travado’ por Kosuke Nakamura.
O Portimonense cresceu na ponta final da primeira metade, com Nakajima, aos 37, a apostar num potente remate à entrada da grande área, após percorrer uma longa distância deste o meio-campo, tendo o esférico embatido com estrondo na barra da baliza madeirense.
O Marítimo teve uma última palavra a dizer antes de recolher aos balneários, com Victor Costa a vislumbrar a vantagem. Na sequência de um livre a barreira algarvia abriu um buraco e por pouco não se meteu em ‘trabalhos’ para desagrado de Nakamura, após o esférico sair milimetricamente ao lado.
A toada na etapa complementar baixou de tom, tendo a primeira situação digna de registo surgido aos 71, com Joel a surgir isolado na ‘cara’ do golo, mas novamente Kosuke Nakamura a negar-lhe o tento.
Completamente contra a corrente do jogo, o Portimonense chegou ao golo, após uma tentativa de corte de Beltrame colocar em jogo Ewerton que, aos 80, colocou a equipa na frente, permitindo uma despedida com ‘chave de ouro’ da competição.
Futebol: I Liga/ Marítimo – Portimonense (declarações)
Declarações após o jogo Marítimo - Portimonense (0-1), da 34.ª e última jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Funchal.
- Nuno Diogo (Treinador-adjunto do Marítimo): “Talvez o resultado mais justo teria sido o empate. É verdade que hoje não estivemos bem, como em outros jogos, e isso assumimos, mas tivemos pelo menos duas oportunidades do Joel para fazer golo, mas não o fez.
Tirando o golo do Portimonense, não me lembro de terem criado grandes oportunidades, tirando uma ou outra na parte final do jogo onde também já estávamos à procura do golo do empate”.
- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Se formos ver com rigor, acho que tivemos mais situações de golo do que o Marítimo, que tem uma equipa muito bem trabalhada. Acho que foi um jogo muito competente e uma vitória merecida.
Na primeira parte, estivemos muito fortes a limitar o Marítimo, criamos situações, tivemos a bola na trave pelo Shoya [Nakajima], mas acho que a segunda parte foi mais completa.
[Balanço da temporada]: “O Portimonense é um clube vendedor. É um clube que aposta muito na juventude e visa vender. O objetivo principal é manter o clube na I Liga, que é a maior montra para estes atletas se mostrarem.
De um ano para o outro perdemos jogadores importantíssimos o Dener, Koki Anzai e o Maurício e refizemos a estrutura defensiva da equipa, mas durante a época perdemos o Beto, o Fali [Candé], o Aylton [Boa Morte], o Ricardo [Ferreira] e ainda em abril o Lucas Possignolo.
Até dezembro estávamos na ‘briga’ com o Gil Vicente e o Estoril Praia e depois deu-se estas saídas e ainda houve jogadores que tinham mercado e não saíram porque a administração não podia deixar sair toda a gente.
Obviamente, que nos ressentimos nesta segunda parte do campeonato. Tivemos de refazer dinâmicas, o que leva tempo, mas sempre com muita fé e muito trabalho a equipa foi melhorando e agora mais na parte final voltamos e encontrarmo-nos com o caminho das vitórias porque o trabalho leva tempo, recordo que tivemos 14 jogos sem vencer.
Amanhã [no domingo] vamos chegar a Portimão e vamos conversar. Mostraram interesse que eu continue. Da minha parte, estou bem em Portimão, mas temos de conversar e vamos fazê-lo esta semana”.
