Na reunião extraordinária de ministros da Saúde da União Europeia (UE) que decorreu em Bruxelas no passado dia 16 de outubro, Portugal deixou claro que acompanha os restantes Estados-Membros nas preocupações e na concertação de uma resposta comum à ameaça do Ébola.
Portugal declarou, igualmente, estar empenhado em ajudar, no âmbito das suas possibilidades, as medidas locais de combate à doença que continuam a ser mais eficazes para a proteção das pessoas residentes nos países afetados (Libéria, Serra Leoa e Guiné Conacri) e no resto do Mundo. Nesse sentido, registou-se um compromisso europeu de continuar a desenvolver esforços para apoiar a Organização Mundial de Saúde (OMS) na luta contra a epidemia localizada na África Ocidental.
Portugal e os restantes parceiros europeus afirmaram concordar que a implementação de medidas de controlo no embarque de passageiros oriundos das zonas de risco é o método comprovadamente mais eficaz de conter a propagação internacional da doença, nesta fase, em sintonia com as indicações do ECDC (Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças) e dos peritos que se têm manifestado sobre esta matéria.
Não havendo consenso científico sobre a eficácia de medidas de controlo e rastreio de pessoas à chegada à Europa, cada Estado desenvolverá de per si as medidas que forem adequadas ao risco que resulta das ligações de cada um com os países afetados. Portugal pode decidir adotar medidas de maior controlo, consoante o desenvolvimento da epidemia. Para já, em Portugal, tal como recomendado, ontem, no âmbito do Conselho Nacional de Saúde Pública, vai intensificar-se a divulgação de informação aos passageiros oriundos de países selecionados consoante o risco de transporte de doentes e, logo que indicado, o registo de contactos de pessoas vindas dos países onde grassa a epidemia. As autoridades de Saúde lembram que não existem voos diretos de Portugal para os países onde a epidemia se verifica.
Da reunião extraordinária de ministros da Saúde da União Europeia, realizada hoje, resultou também um compromisso de intensificar as trocas de informações sobre medidas de controlo de pessoas potencialmente infetadas e de desenvolver um sistema de aquisição conjunta de medicamentos, ainda experimentais, e equipamentos protetores.
Por: Portal da Saúde