No sentido de auscultar os vendedores em relação às atuais condições do espaço, o Presidente da Câmara Municipal – acompanhado pelo seu staff de apoio e a Técnica de Segurança e Saúde no trabalho – visitou ontem, pelas 11 horas, o Mercado Municipal de Lagoa, onde se inteirou das melhorias que se tornam necessárias bem como da forma como se processa a procura, por parte dos Lagoenses, dos produtos expostos e ali vendidos. Naturalmente que numa época de crise as perspetivas não são as melhores.

Foram apontadas, pelos vendedores, questões de pormenor a rever na estrutura e que o Presidente se prontificou a resolver.

Outro assunto pertinente e apontado como necessitando de resolução tem a ver com a limitação atual dos espaços de estacionamento para quem quer ir ao Mercado fazer compras. Francisco Martins assumiu estar para breve a minimização desse problema, face à intervenção que irá decorrer na área e possibilitará criar mais de 50 lugares para parqueamento.

Na história do Mercado Municipal de Lagoa – um dos mais antigos do Algarve – consta 22 de março de 1879 como a data da primeira diligência para a construção de um edifício com as mínimas condições para a venda em simultâneo de carne, peixe, fruta, hortaliças e outros produtos. As obras iniciaram-se em 1894, sendo que a data de 1895, que está gravada na fachada principal e na bica do interior, foi o ano decisivo para a sua construção. Em 16 de junho de 1896 foi discutido e aprovado pela Câmara o Regulamento do Mercado Municipal, que normalizava as condições de venda, o horário e as tabelas de preços.

De recordar que a sineta que encima a fachada principal do Mercado, durante muitos anos anunciou a chegada de peixe fresco, com o toque por todos reconhecido e ainda hoje lembrado.

Ao longo do tempo, o edifício foi sendo sujeito a obras de conservação e melhoramento, de acordo com as necessidades e no sentido de implementar outras condições para vendedores e clientes.

Há alguns anos, houve a tentativa de deslocalizar o Mercado para a zona mais nova da cidade, mas a Câmara, respeitando a história e a vontade da população, não aderiu. O Mercado Municipal pode ser considerado um centro de convívio dos munícipes mais idosos.

 

Por: CM Lagoa