Os proveitos do alojamento turístico registaram máximos históricos em agosto, com os proveitos totais a aumentarem 7,8% e os de aposento 7,7% em termos homólogos, para 948,1 e 765,5 milhões de euros, respetivamente.

Segundo as estatísticas da atividade turística divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “os valores de proveitos alcançaram máximos históricos mensais em agosto, tendo os proveitos totais interrompido a trajetória de abrandamento com um aumento de 7,8% (+7,5% em julho), atingindo 948,1 milhões de euros”.

Já os proveitos de aposento aumentaram 7,7% (+8,1% em julho), ascendendo a 765,5 milhões de euros.

O Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,6% dos proveitos totais e 36,4% dos proveitos de aposento), seguido da Grande Lisboa (20,2% e 20,9%, respetivamente) e do Norte (14,4% e 14,5%, pela mesma ordem).

De acordo com o INE, todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem na Região Autónoma dos Açores (+23,4% nos proveitos totais e +24,7% nos de aposento) e no Alentejo (+12,6% e +13,3%, respetivamente).

Em agosto, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 113,8 euros (+5,0%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 153,3 euros (+4,1%), atingindo máximos históricos, embora o Oeste e Vale do Tejo e a Grande Lisboa tenham registado decréscimos.

O ADR atingiu os valores mais elevados no Algarve (205,7 euros) e no Alentejo (162,5 euros).

No mês em análise, o setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes (+5,9%) e 10,5 milhões de dormidas (+3,8%).

Considerando o acumulado de janeiro a agosto, as dormidas registaram um crescimento de 4,1%, atingindo 55,1 milhões, dando origem a aumentos homólogos de 10,5% nos proveitos totais e de 10,4% nos de aposento, para 4.500 e 3.500 milhões de euros, respetivamente.

Segundo o INE, este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 5,2%, enquanto as de residentes registaram um crescimento inferior (+1,5%).

Em agosto, o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento: na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 84,7% e 83,1% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 7,0% e 6,8%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local se registaram aumentos de 11,7% nos proveitos totais e de 11,8% nos proveitos de aposento (quotas de 10,1% e 11,5%, respetivamente).

Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 5,2% nos proveitos totais e de 5,4% nos relativos a aposento), os aumentos foram de 14,1% e 13,8%, respetivamente.

No mês em análise, o município de Lisboa concentrou 15,0% do total de dormidas (5,4% do total de dormidas de residentes e 20,0% de não residentes), registando um acréscimo de 5,2% (+4,5% nos residentes e +5,3% nos não residentes).

Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (1,2 milhões de dormidas, peso de 11,4%) e registou um decréscimo de 0,3% (+0,2% em julho). As dormidas de residentes aumentaram 9,6% e as dos não residentes diminuíram 4,5%, tendo este município concentrado 10,8% do total de dormidas de residentes e 11,8% do total de dormidas de não residentes.

Entre os municípios com maior número de dormidas em agosto, o Porto (6,7% do total de dormidas) e Ponta Delgada (1,9% do total) destacaram-se com os maiores crescimentos (+6,9% e +6,5%, respetivamente).

Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em agosto, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 4,3 milhões de hóspedes e 12,6 milhões de dormidas em agosto, refletindo crescimentos de 5,4% e 3,2%, respetivamente.

As dormidas de residentes aumentaram 3,5% e as de não residentes cresceram 3,0%.

 

Lusa