Os proveitos totais do alojamento turístico fixaram-se em 287,7 milhões de euros, em fevereiro, o que representa uma subida de 4% em termos homólogos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgados.
“Apesar do decréscimo nas dormidas, os proveitos aumentaram em fevereiro, +4% nos proveitos totais e +3,4% nos relativos a aposento (+13,9% e +14,3% em janeiro, pela mesma ordem), atingindo 287,7 e 208,8 milhões de euros, respetivamente”, indicou hoje o INE, nas estatísticas rápidas da atividade turística.
O setor do alojamento turístico registou, em fevereiro, 1,8 milhões de hóspedes (+0,6%) e 4,2 milhões de dormidas (-2,5%), apontou a autoridade estatística.
As dormidas de residentes diminuíram 0,8%, após uma subida de 11% em janeiro, atingindo 1,4 milhões, enquanto as dos não residentes desceram 3,3%, após um acréscimo de 3,9% em janeiro, totalizando 2,8 milhões.
Os 10 principais mercados emissores, em fevereiro, representaram 72,1% do total de dormidas de não residentes naquele mês, com o mercado britânico a manter a liderança (16,4% do total das dormidas de não residentes), apesar do decréscimo de 7,5% face ao mesmo mês de 2024.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor no mês análise (11,2% do total), diminuíram 5,1%, seguindo-se o mercado espanhol, na terceira posição (quota de 8,3%), com um decréscimo de 8,4%.
Entre os 10 principais mercados emissores em fevereiro em termos de dormidas, o polaco foi o único a crescer (+23,2%), enquanto o mercado brasileiro se destacou por apresentar o maior decréscimo (-18,9%).
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 39,6 euros, um aumento de 4,5%, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,9 euros, o que representa um acréscimo de 4,9%.
Por regiões, as evoluções nas dormidas foram distintas, com os maiores aumentos a serem registados na Península de Setúbal (+7,8%) e nos Açores (+5,1%), enquanto o Oeste e Vale do Tejo registou a maior descida (-7,1%), seguindo-se a Grande Lisboa (-5,6%) e o Algarve (-5,1%).
A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico em fevereiro fixou-se em 2,35 noites (-3,1%), um agravamento da diminuição já registada em janeiro (-1,8%).
O INE sublinhou que os resultados de fevereiro foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, por um lado, pelo efeito do período de férias associado ao Carnaval, que este ano ocorreu em março, enquanto no ano anterior se concentrou em fevereiro.
Por outro lado, explicou, o mês de fevereiro deste ano teve menos um dia do que o do ano anterior, uma vez que 2024 foi um ano bissexto.
 
 
Lusa