Em 2015, soube-se hoje, que de acordo com o INE o Algarve foi a região que registou um maior crescimento do PIB: 2,7% em comparação com a média nacional de 1,6%. Também em 2014 a mesma tendência se verificou, com a média nacional de crescimento do PIB a cifrar-se em 0,9% por comparação com o crescimento pujante de 3,1 % registado no Algarve.
Estes registos foram indispensáveis para assegurar uma acentuada redução do desemprego na região, a qual, em 2011, registava a maior percentagem a nível nacional e até final de 2015 foi a que mais decresceu até aos 12,4 %, abaixo da média nacional, e apenas superada pela zona centro.
Já no que se refere ao investimento o Algarve foi também a região que mais cresceu com uma subida de 8,0%, o que se verificou também no rendimento disponível das famílias que, por exemplo, em 2014, progrediu 3,2%.
Nos últimos anos a região conseguiu passar de campeã do desemprego a campeã do emprego, embora, até pelo seu modelo, ainda se verifique excessiva precariedade e políticas salariais inadequadas. Precisa por isso de criar uma economia mais diversificada a qual também valorize a qualidade da oferta turística e a sua polivalência.
Com o record que o turismo vai bater em 2016, espera-se que esta progressão persista, sendo particularmente importante preservar os nossos fatores de competitividade. Ora, o orçamento de Estado 2017 não oferece as melhores condições para o reforço das condições de crescimento da região:
- Mais que duplica os impostos no alojamento local e desincentiva fortemente a aquisição de 2. habitação, o que é importante para combater a sazonalidade e diminuir a precariedade;
- Reduz o investimento público na região, na qual nem garantias há que se desbloqueiem as obras que o Governo decidiu parar na EN 125;
- Congela o Hospital CENTRAL do Algarve, quando faz avançar 3 hospitais no país e o do Algarve está classificado como a segunda prioridade. A saúde é um elemento essencial para o desenvolvimento da região;
- Aumento do IMI do Sol e vistas, o qual vai onerar mais o Algarve que o resto do país;
Estes dados devem-se a uma aposta renovada na promoção turística, a uma retoma mais sustentada do sector imobiliário - criação do regime de alojamento local, regime de residentes não habituais e vistos gold -, a uma excelente aplicação de fundos comunitários que apoiaram muitas iniciativas públicas e privadas e fortaleceram o ambiente e dinâmica económica, e também do aproveitamento de condições externas favoráveis que se registam desde o processo da primavera árabe.
A Comissão Política Distrital do Algarve regozija-se com estes resultados, reconhece que subsistem algumas debilidades no modelo de desenvolvimento da região, e exorta o Governo que corrija as suas opções, as quais não são favoráveis a garantir a manutenção da trajetória que fez com que o Algarve obtivesse os melhores indicadores no país no ano de 2015.
Por: PSD/Algarve