Por Teresa Lourenço | Nutricionista | Cédula Profissional 3087N tmlourenconutricao@gmail.com

Em primeiro lugar esclarecer que o nosso peso corporal (o valor que aparece na balança) é o somatório da Massa Magra (massa muscular, água, massa óssea) com a Massa Gorda (gordura corporal), mais o sangue, os órgãos vitais e, para as pessoas que se estiveram a pesar vestidas, acrescentamos a este somatório o peso da roupa, assim como, pessoas que estejam grávidas teremos também esse acrescento no peso total. Não esquecer que, alterações no trânsito intestinal podem acarretar obstipação e isso, também poderá ter consequências no nosso peso corporal.

O músculo é composto por água, proteína e glicogénio muscular (um tipo de hidrato de carbono), a massa gorda é constituída sobretudo por gordura e água. O tamanho e estrutura das células musculares e adiposas é diferente.
Podemos ter dois indivíduos com o mesmo peso, no entanto um possuir maior quantidade de gordura e o outro maior quantidade de massa muscular. Temos, portanto, dois pesos iguais, mas, diferentes composições corporais, que se refletem em volumes diferentes, sendo o indivíduo com mais gordura mais volumoso.

Por isso, o peso corporal isolado não pode ser considerado um bom parâmetro para compreender se estamos a emagrecer ou engordar.

Emagrecer é reduzir o conteúdo corporal de gordura e engordar é a situação contrária, isto é, aumentar a gordura corporal.

Atenção que perder peso não nos diz, se estamos a emagrecer (perder gordura) ou se estamos a perder massa muscular, assim como ao aumentar de peso, não sabemos se, aumentámos a gordura ou o músculo, logo não podemos prever que engordámos, olhando apenas para o valor bruto da balança.


Em suma, o foco não deverá ser o peso, mas sim, a composição corporal, procurando atingir o objetivo com saúde. Sinais como, mudanças no volume, aumento da resistência física e energia serão com toda a certeza positivos!